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1º Grau – O alarde.
Enfim Trago a vocês a minha versão da produção que mais deu o que falar no último ano; claro que estou me referindo a Contatos de 4º grau (The Fourth Kind, 2009), filme do Diretor novato Olatunde Osassunmi que caiu na boca do povo por trazer imagens estarrecedoras sobre abdução alienígena - o tal 4º grau que dá título a produção.
Após todo o alarde que cercou a produção do filme, a situação ficou mais tensa após a estréia; aí pudemos ver o porque de tanto falatório: logo de cara (na cena inicial) a belíssima Milla Jovovich se apresenta (não como uma personagem, mas como ela mesmo) e nos fornece informações que fariam até o Chris Carter (criador das séries de ficção científica Arquivo X e Millennium, pra quem não sabe) tremer na sala escura. Segundo a atriz cada microssegundo do filme é baseado na pesquisa da psiquiatra Abigail Elizabeth Tyler (Dra. Abbey para os íntimos); material esse que entre outros dados, conta com mais de 65 horas de vídeo – imagens captadas durante as sessões de hipnose da Dra com seus pacientes, clinicando na cidade de Nome no Alaska, onde os horrendos fatos ocorreram.
2º Grau – o motivo.
O filme fala de uma psiquiatra atormentada pela misteriosa e aterrorizante morte de seu marido; quando seus pacientes (visivelmente perturbados) começam a relatar (embora não se conheçam) histórias semelhantes de crises de insônia, a misteriosa aparição de uma coruja branca pouco antes de adormecerem e sonhos dos quais não conseguem se recordar com exatidão. Dra. Abbey decide então submetê-los a sessões de hipnose para tentar coletar maiores informações sobre os casos.
A partir daí o que vemos é um enorme quebra-cabeças que se forma em volta da psiquiatra que se envolve cada vez mais na rede de acontecimentos e acaba por descobrir que está muito mais imersa na situação do que ela poderia imaginar.
3º Grau – a polêmica.
Osassunmi optou por utilizar uma narrativa muito usada nos últimos anos por filmes como A Bruxa de Blair (The Blair witch Project, 1999), REC – Nunca deixe de filmar (REC, 2007), Atividade paranormal (Paranormal activity, 2007), Cloverfield – o monstro (Cloverfield, 2008), Distrito 9 (District 9, 2009) que assim como Contatos de 4º grau também repercutiram (mas nem tanto) cada um em sua época. A linha de filmes ficciodocumental tem ganhado novos adeptos a cada nova produção do gênero que mescla imagens de estúdio com imagens supostamente reais (na maioria dos casos apenas essas imagens aparecem) geralmente inseridas num denso suspense recheado de mistério e tensão. O nível de veracidade que se consegue com esse tipo de narrativa foi certamente o principal motivo de tanto zunzunzum acerca da obra de Osassunmi que se atreveu ainda a incrementar o novo gênero se utilizando das imagens da pesquisa estrategicamente – as imagens aparecem ora de forma isolada na tela, ora dividindo o espaço com as tomada de estúdio, causando assim muito mais força ao conteúdo.
4º Grau – a farsa.
Bem, não precisa ser uma gênio para saber que um filme com todas essas características seria um marco na história do cinema, uma revolução por conseguir linkar com perfeição realidade e ficção. Mas a nossa alegria durou pouco... Foi necessário menos de um mês para descobrirmos que tudo se tratava de uma enorme armação – de grandes proporções mesmo. O material que o Diretor jura por tudo o que há de mais sagrado ser verdadeiro não passa de material forjado pela própria equipe dele. Um absurdo...
É importante porém, que se diga que essa informação não diminui o mérito do filme em si – até porque todos os longas que seguem essa linha tendem a deixar subentendido que tudo aquilo que estamos vendo é a mais pura verdade. O problema é que o cineasta decidiu mais uma vez incrementar a acabou adicionando uma doze excessiva de REALIDADE (no sentido real da palavra) criando sites para atestar a autenticidade de sua história e de sua personagem principal (não existe, nem nunca existiu nenhuma Dra. Abigail Elizabeth Tyler clinicando no Alaska) e assim aumentar o teor de polêmica ao redor do filme; porém o lado inteligente e criativo do Diretor que nos impressionou a dar novos contornos a um gênero que parecia já batido e totalmente imerso na mesmice (apesar de ser recente) se mostrou ausente no momento em que imaginou que poderia sustentar uma mentira deste tamanho numa época em que alguns minutos de ócio e uns poucos cliques num site de buscas podem revelar até as maiores conspirações do planeta...
Deus salve o Google.
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Se você gostou desse filme:
Assista:
Sobre o filme:
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Trailer oficial:
Os quatro graus que definem a obra
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1º Grau – O alarde.
Enfim Trago a vocês a minha versão da produção que mais deu o que falar no último ano; claro que estou me referindo a Contatos de 4º grau (The Fourth Kind, 2009), filme do Diretor novato Olatunde Osassunmi que caiu na boca do povo por trazer imagens estarrecedoras sobre abdução alienígena - o tal 4º grau que dá título a produção.
Após todo o alarde que cercou a produção do filme, a situação ficou mais tensa após a estréia; aí pudemos ver o porque de tanto falatório: logo de cara (na cena inicial) a belíssima Milla Jovovich se apresenta (não como uma personagem, mas como ela mesmo) e nos fornece informações que fariam até o Chris Carter (criador das séries de ficção científica Arquivo X e Millennium, pra quem não sabe) tremer na sala escura. Segundo a atriz cada microssegundo do filme é baseado na pesquisa da psiquiatra Abigail Elizabeth Tyler (Dra. Abbey para os íntimos); material esse que entre outros dados, conta com mais de 65 horas de vídeo – imagens captadas durante as sessões de hipnose da Dra com seus pacientes, clinicando na cidade de Nome no Alaska, onde os horrendos fatos ocorreram.
2º Grau – o motivo.
O filme fala de uma psiquiatra atormentada pela misteriosa e aterrorizante morte de seu marido; quando seus pacientes (visivelmente perturbados) começam a relatar (embora não se conheçam) histórias semelhantes de crises de insônia, a misteriosa aparição de uma coruja branca pouco antes de adormecerem e sonhos dos quais não conseguem se recordar com exatidão. Dra. Abbey decide então submetê-los a sessões de hipnose para tentar coletar maiores informações sobre os casos.
A partir daí o que vemos é um enorme quebra-cabeças que se forma em volta da psiquiatra que se envolve cada vez mais na rede de acontecimentos e acaba por descobrir que está muito mais imersa na situação do que ela poderia imaginar.
3º Grau – a polêmica.
Osassunmi optou por utilizar uma narrativa muito usada nos últimos anos por filmes como A Bruxa de Blair (The Blair witch Project, 1999), REC – Nunca deixe de filmar (REC, 2007), Atividade paranormal (Paranormal activity, 2007), Cloverfield – o monstro (Cloverfield, 2008), Distrito 9 (District 9, 2009) que assim como Contatos de 4º grau também repercutiram (mas nem tanto) cada um em sua época. A linha de filmes ficciodocumental tem ganhado novos adeptos a cada nova produção do gênero que mescla imagens de estúdio com imagens supostamente reais (na maioria dos casos apenas essas imagens aparecem) geralmente inseridas num denso suspense recheado de mistério e tensão. O nível de veracidade que se consegue com esse tipo de narrativa foi certamente o principal motivo de tanto zunzunzum acerca da obra de Osassunmi que se atreveu ainda a incrementar o novo gênero se utilizando das imagens da pesquisa estrategicamente – as imagens aparecem ora de forma isolada na tela, ora dividindo o espaço com as tomada de estúdio, causando assim muito mais força ao conteúdo.
4º Grau – a farsa.
Bem, não precisa ser uma gênio para saber que um filme com todas essas características seria um marco na história do cinema, uma revolução por conseguir linkar com perfeição realidade e ficção. Mas a nossa alegria durou pouco... Foi necessário menos de um mês para descobrirmos que tudo se tratava de uma enorme armação – de grandes proporções mesmo. O material que o Diretor jura por tudo o que há de mais sagrado ser verdadeiro não passa de material forjado pela própria equipe dele. Um absurdo...
É importante porém, que se diga que essa informação não diminui o mérito do filme em si – até porque todos os longas que seguem essa linha tendem a deixar subentendido que tudo aquilo que estamos vendo é a mais pura verdade. O problema é que o cineasta decidiu mais uma vez incrementar a acabou adicionando uma doze excessiva de REALIDADE (no sentido real da palavra) criando sites para atestar a autenticidade de sua história e de sua personagem principal (não existe, nem nunca existiu nenhuma Dra. Abigail Elizabeth Tyler clinicando no Alaska) e assim aumentar o teor de polêmica ao redor do filme; porém o lado inteligente e criativo do Diretor que nos impressionou a dar novos contornos a um gênero que parecia já batido e totalmente imerso na mesmice (apesar de ser recente) se mostrou ausente no momento em que imaginou que poderia sustentar uma mentira deste tamanho numa época em que alguns minutos de ócio e uns poucos cliques num site de buscas podem revelar até as maiores conspirações do planeta...
Deus salve o Google.
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Se você gostou desse filme:
Assista:
- Contatos imediatos de 3º grau (Close encounters of the third kind, 1977)
- Fogo no céu (Fire in the sky, 1993)
Evite:
- Estranhas criaturas (Incident in Lake County, 1998)
- Os esquecidos (The forgoten, 2004)
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Informações úteis
- Titulo original: The Fourth Kind
- País: EUA
- Ano: 2009
- Duração: 97 min.
- Gênero: Ficção científica / Suspense
Direção: Olatunde Osunsanmi - Elenco: Milla Jovovich, Elias Koteas, Will Patton, Corey Johnson, Enzo Cilenti, Hakeem Kae-Kazim, Daphne Alexander, Alisha Seaton
- Avaliação: 3 (ok)
- Filme completo: Download aqui
Sobre o filme:
- Quando vi? 10/01/2010
- Com quem? Só
- Quantas vezes? 1
- O que senti? Prefiro não comentar...rss
- Quando escrevi? 10/02/2010
- Onde estava? Parque metropolitano de Pituaçú
- O que escutava? Avantasia - Lost in Space
- O que ingeria? Coca geladíssima
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Trailer oficial:
Bem.. assisti ao filme e não poderia deixar de expôr meus comentários.
ResponderExcluirBem.. quando você põe na internet pesquisa sobre o 11 de setembro o que você acha? você acredita naquele vídeo que bin laden aparece admitindo a culpa pelos atentados? Se você pesquisar sobre os casos de desaparecidos políticos no Brasil na internet o que você vai achar? As informações que são expostas a nós são muito fáceis de ser controladas. Caso este tipo de evento fosse constatado como real não seria muito fácil disseminar esta notícia. E claro, a mulher que aparentemente representa a Dra. Abigail Tyler já tem cara de maluca no filme durante aquela entrevista concedida a um programa de tv, só por isso já é suficiente pra 90% das pessoas não darem o menor crédito ao que ela diz. No mais, não estou admitindo que se trata de veracidade ou pura ficção, mas que pesquisa na internet do que alguém publicou a respeito não é suficiente para concluir se algo de fato houve ou não houve. É possível que tenha ocorrido daquela forma? SIM é possível, pode ter ocorrido de forma diferente? SIM é possível, tudo pode ser pura invenção? SIM é possível. O certo é que alguma coisa aconteceu naquele lugar, seja lá oq for.
Todos sabem, se algum governo quiser esconder ou ocultar algo eles simplesmente farão. tá ai a china provando isso fazendo com que o google restringa suas buscas! O que acha q isso signfica?
Como muitos sites dizem, casos de desaparecidos em Nome são dados como bêbados que esquecem o caminho de casa... nisto é mais fácil de acreditar... mas . . . infelizmente a maioria dos bêbados volta para casa pra atazanar a vida de seus familiares.
Minha opinião final é de que é preciso muito mais argumentos para analisar a veracidade de algo que simples pesquisas do que está na internet.