terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Tarja Turunen - What lies beneath | crítica

What lies beneath é mais uma tentativa desesperada da Diva de voltar ao auge fazendo baladinhas.

por Willian Rof
Tarja (para os íntimos) é um ícone (tanto pelo talento quanto pelas curvas) da música pesada mundial, não há como negar. Como vocalista do Nightwish viajou o mundo inteiro e encantou os marmanjos de todas as idades com sua voz de trovão – faz a Ana Carolina parecer a Sandy. Mas em 2005 e surtou (influenciada pelo marido mercenário) e deixou o auge lhe subir a cabeça; brabou com os integrantes do grupo durante uma turnê e foi gentilmente convidada a se retirar pelo picão da banda, o compositor e tecladista finlandês Tuomas Holopainen – uma carta de desabafo foi divulgada no site dos caras e tudo – babado forte como diria os viciados em fofocas. O resto da história acho que todos conhecem.

Foram quase 2 anos para Tarja Turunen voltar a ativa nos palcos com seu 2º álbum solo (o 1º foi um projeto natalino com um nome impronunciável que ficou lá pela Finlândia mesmo – ainda bem), o fraquíssimo My winter storn, que escutei 3 vezes no máximo e hoje jaz em algum canto obscuro localizado abaixo de minha cama. 3 anos se passaram e a morena finalmente voltou com algo que dá pra escutar: What lies beneath é bem superior ao seu 1º trampo – mesmo que ainda esteja muito abaixo do que já mostrou que pode fazer.

A velha Tarja ainda não deu as caras...

O novo álbum ia bem antes mesmo de ser lançado com a confirmação das participações especiais da banda alemã Van Canto (aquela que faz as capelas) e o consagrado guitarrista Joe Satriani (aquele que todo muno já ouviu falar), mas não demorou muito para as expectativas diminuírem, o 1º single divulgado foi I feel immortal, uma baladinha bem no estilo novela das oito – confesso que me decepcionei. Aí o jeito era esperar o lançamento da bagaça e torcer até lá...

What lies beneath começa até bem com Anterrom of death. A música que tem a participação do Van Canto mistura as belas vozes dos alemães com um refrão meio forçado entrando de assalto. É meio louca mas vale pela originalidade.

A segunda faixa, Until my last breath é o tipo de música que poderia facilmente entrar num álbum da antiga banda. Essa música mostra que a Tarja saiu do Nightwish, mas o grupo de Metal ainda não saiu da morena: o refrão pegajoso lembra muito os de antigamente, um presente para os fãs da banda como eu. In for a kill quebra a sequência de musiquinhas melosas e mete um peso no álbum, bem no estilo Tarja; logo após a melhor das músicas lentas do disco entra em ação: Tarja e o piano é o casamento perfeito, nota 10 para Underneath! mas em seguida outra faixa morna quebra o clima... são 8 deste tipo, aja saco cara – e olha que eu até gosto da gata cantando esse tipo de som, mas assim já é demais pô.

Dark star teve participação de Phil Labonte e deu um novo gás ao trabalho mas nem se compara ao que Satriani fez com Falling awake. Falar do cara é chover no molhado (eu sei) mas quem não se impressiona com seus riffs? Só os surdos, eu acho – ah, e aos pagodeiros, claro. Acione o repeat no seu player e arregale os ouvidos pra essa.

Arquive of lost dreams dá uma segurada no ritmo, mas serve como introdução para Crimson deep – e mais música de novela – o álbum inteiro segue esse ritmo: sempre uma faixa pesada e uma baladinha. Curiosamente eu posso dizer que gostei dessa última, não me pergunte porque, talvez o refrão, ou a batéra destacada de mais uma participação especial (Will Calhoun) sei lá... o que importa é que eu gostei e pronto. Ainda existem algumas até o fim – e até uma faixa bônus. Mas basicamente o resto é resto.

What lies beneath não é nem de longe o que estamos acostumados a escutar da Diva do Metal, mas confesso que me animei em algumas faixas. A velha Tarja voltará em breve. Eu acredito!

4 comentários:

  1. Bacana viu! Não é qualquer um que sabe retratar atravez de uma narrativa aquilo que escreve. Você faz isso muito bem. Parabens de verdade. Tenha um otimo fim de semana.

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  2. Acredito que ela deveria continuar no Nightwish, acredito que artistas que começam numa banda não irão fazer tantos sucesso em carreira solo.

    MADNESS - O BLOG DA LOUCURA!

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  3. Mais uma crítica perfetita!
    Vc fica melhor a cada dia. bjs

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  4. falar mal e fácil, mas atingir o nível intelectual que ela atingiu na música, com técnica vocal e também de composição, sendo que nunca havia composto no nightwish, levando ainda em consideraçao que ela compõe também as melodias!Acho que vc se baseia em muito pouco para dar sua opinião
    no entanto, o texto ficou adequado, apesar do conteúdo ser uma extrema ignorância musical

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