sábado, 19 de fevereiro de 2011

Justiceiro - Zona de Guerra | crítica

A ressurreição de Mama Gnucci... e de Frank Casttle!

Qualquer leitor de quadrinhos (até os mais displicentes) sabe que Frank Casttle (mais conhecido como o Chuck Norris da Marvel) nunca esteve entre os personagens mais populares da editora; sabe também que isso nunca impediu o vingador urbano de gerar algum lucro entre os psiconerds, vendendo suas revistas ou mesmo tendo suas histórias adaptadas para as telonas. Mas a verdade é que a muito tempo a casa das idéias não consegue publicar algo que preste com o nome do Justiceiro – aí não demorou nada até os poucos (mas fiéis) fãs começarem a boicotar geral...

Em 1998 Joe Quesada e Jimmy Parmiotti sugeriram a Marvel uma suposta fórmula mágica que faria as vendas aumentarem: propuseram a editora uma sacolejada no personagem e assim surgiu a linha alternativa de quadrinhos conhecida como Marvel Knights, que trouxe o herói mal humorado em histórias místicas. Não colou... os críticos baixaram o pau, as vendas continuaram caindo e o que parecia ruim ficou ainda pior – tipo Lei de Murphy mesmo.

Bem vindo de volta, Frank.

Justiceiro – Zona de Guerra, foi a última saga da reviravolta que teve início em 2000 com a minissérie sangrenta “Bem vindo de volta, Frank”, que visava mostrar o vingador miseravelmente como era antes da influência de roteiristas aboiolados que quase transformaram o personagem mais durão da editora num EMO.

Na trama, as más línguas espalham pelas ruas da cidade que uma antiga organização mafiosa (que já tinha sido varrida das ruas justamente pelo Frank) está de volta juntamente com sua diabólica matriarca, a Mama Gnucci; mutilada e supostamente morta pelo Justiceiro 6 anos atrás ela jura que retornou do próprio inferno para aterrorizar seus parceiros e se vingar de seu algoz – nesse bolo ainda foi acrescentado a presença de uma violenta policial que é escalada para a investigação do caso.

Ressurreição banhada a sangue.

Cara, realmente é difícil descrever o que fizeram ao Justiceiro nessa história; você tem que ler! O Frank Casttle descrito por Garth Ennis (ao contrário do estávamos acostumados a ver nos últimos anos) é um sujeito do tipo que você não ia querer encontrar numa noite – nem numa manhã; nem nunca, aliás... o cara é um sujeito amargo, aterrorizante, insensível... o legítimo espírito de porco! Um cara que sente prazer em explodir os miolos de seus inimigos e se motiva a cada vez que repete o ciclo. Um cara acima do bem ou do mal – assim como era retratado no início de suas histórias.

A arte de Steve Dillon é sombria e acompanha o roteiro de Ennis passo a passo dando a cara necessária a veracidade do personagem amargurado. As expressões de Casttle são semelhantes às de um maníaco psicótico daqueles ao estilo Anton (personagem inesquecível de Javier Barden em Onde os Fracos não tem vez), sem emoção ou piedade. É atirar antes e perguntar depois – isso, se lembrar.

Piadas sujas, quadros violentíssimos e sangue jorrando a torto e a direito como se fosse água, tornam Zona de Guerra uma edição digna de estar presente na coleção de qualquer machão – ao lado do DVD duplo de Mercenários, da quadrilogia do Rambo e das temporadas de 24hs, claro.

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Um comentário:

  1. pior e que agora virou maquina- na verdade esse bando de sacana poderia respeitar os anos dourados dos quadrinhos parando de publicar ente monte de merd...(antes meu coracao batia forte perto de uma banca) hoje da nojo tudo muito mudado tudo modernizado demais,joguei a toalha-alex salvador-ba 71 82295240

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