Dia 30 de maio de 2010 (mais conhecido como domingo), 9hs...
Liguei a TV e logo vi a 1ª fila em azul – bela cor por sinal, mas isso não vem ao caso... A 7ª etapa da Fórmula 1 não tinha muitas surpresas – antes da largada, claro.
RBR e McLaren na ponta, Schumacher atrás do Pirralho Rosberg, Ferraris brigando para entrar na zona de pontuação e uma série de pilotos Brazucas sem nenhuma perspectiva. Mas o GP da Turquia possuía elementos que poderiam modificar completamente a história da prova: A Ferrari completava 800 Provas e mesmo estando bem atrás no grid, podia contar com excelente retrospecto de Felipe Massa ( o piloto venceu 3 das 5 corridas realizadas por aqui) e a motivação de Fernando Alonzo - que largou bem atrás em Mônaco e ainda assim se recuperou e chegou em 4º lugar. Além disso tínhamos o multicampeão Schumacher que melhora seu desempenho a cada novo GP; a possibilidade de chuva é sempre uma brecha para grandes reviravoltas na pista. Mas sem dúvidas o elemento que gera maior imprevisibilidade é a soma da equação:
Vettel + Webber + RBR
O resultado dessa operação na maioria das vezes é: FORTES EMOÇÕES!
Logo na largada já tivemos 4 amostras do que seria o GP da Turquia:
- Vettel rouba 2ª posição de Hamilton
- Hamilton retoma a 2ª posição e pressiona Webber briga pela liderança
- Schumacher faz 1, 2, 3, 4, 5 ultrapassagens e pula para 4º!
E isso foi apenas a largada...
Com as equipes estudando o terreno (e preocupadas com uma possível chuva) e os pilotos se adaptando as características da pista, vimos poucas mudanças após isso. O entretenimento ficou por conta então da briga entre Webber e Hamilton (que não vencia desde o GP de Cingapura) a o sofrimento de Alonzo na tentativa de ultrapassar Petrov. Esse quadro só iria mudar mesmo na hora do troca troca - sem trocadilhos; e foi justamente na hora da troca de pneus que a McLaren mostrou porque come tanta poeira da RBR; uma lambança da equipe inglesa tirou o 2º lugar de Hamilton e (quase) assegurou a dobradinha da RBR...
Mas ainda não tínhamos visto os tais elementos que poderiam causar as tais reviravoltas – CADÊ AS EMOÇÕES QUE A FIA TANTO PROMETEU NO INÍCIO DA TEMPORADA!?
Bem, a comemoração dos 800 GP’s da Ferrari acabou passando em branco mesmo e Fernando Alonzo não conseguiu repetir o milagre que operou em Mônaco; Schumacher chegou a frente do moleque Rosberg, continua correndo melhor, mas ainda não foi dessa vez que (re) estreou nos podium’s. Ah... e a chuva não veio...
Tudo nos levava a crer então, que mesmo com tantos motivos para termos uma corrida recheada de emoções o GP da Turquia já estava definido.
Foi aí que entrou em ação o último elemento (o circo de horrores da RBR) capaz de mudar a trajetória de uma corrida de Fórmula 1. Vettel atacou irresponsavelmente o companheiro de equipe, provocou um acidente no mínimo bizarro, furou o seu pneu e arrebentou o bico do carro de Webber; jogou a corrida da RBR no lixo e deu de presente a 1ª vitória temporada a Hamilton e a liderança no mundial de construtores a McLaren. A comemoração era dos carros vermelhos, mas foram os carros prata que comemoraram...
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