quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Onde está o Grêmio?

Annie Fim, assitiu a pelada no Rio, viu a merda que a arbitragem (novamente) fez, mas não deixou de lembrar que as maiores cagadas do jogo foram as nossas mesmo...


Acredito que todos vocês conheçam a série de livros “Onde está Wally?”. Temos que procurar aquele simpático personagem e, conforme avançamos nas páginas, a tarefa fica mais difícil. Pois no Engenhão me senti em um daqueles livros. Procurando o Grêmio. Sim, pois, não sei vocês, mas não vi o Grêmio entrar em campo ontem.

O Fluminense, então líder do Campeonato, não assustava: ainda não havia vencido em Outubro, estava muito desfalcado e, mesmo com ingressos pela metade do preço, não atraiu nem 14.000 pagantes ao Estádio (público total de menos de 16.000). O Grêmio vinha embalado, com um time bem montado e com possibilidades de entrar no G4. Pura ilusão.

A torcida visitante, como sempre, fica no pior lugar do estádio: na ala Sul, atrás da meta do Fluminense no primeiro tempo. Mas este pior lugar foi o ângulo perfeito para vermos não só a pintura que foi o primeiro gol do Conca, mas a ineficácia do verdadeiro tricolor. Passes laterais, poucos chutes a gol e uma profusão de “enceradeiras malucas” rondando a área do goleiro Ricardo Berna foi o que eu vi de onde estava sentada.

No final do primeiro tempo o Grêmio teve chances de empatar, mas não teve competência para converter as chances em gols. Minha esperança era que o Renato desse uns berros no vestiário e o time voltasse comendo a bola no segundo tempo.

Mas o time voltou com a mesma disposição de trocar passes laterais e não chutar a gol. Irritava. E do nosso ângulo, a visão era ótima para isso.

Claro que o pênalti não assinalado sobre o Jonas aos 19 minutos do segundo tempo, quando ainda estava 1×0, poderia ter mudado a história do jogo. É claro também que o fato de, em menos de cinco minutos, recebermos quatro cartões amarelos destemperou os ânimos dos nossos jogadores. Mas eu não me coaduno com teorias da conspiração, máfia vermelha e ‘todos sempre apitam contra nós o tempo todo’. O erro daquele senhor nos prejudicou, mas para mim, o Grêmio se prejudicou mais.

E não paro por aí. O Renato, a quem admiro pela coragem, não só demorou para mexer no time, como errou nas substituições. Souza deveria ter saído antes, pois claramente não estava rendendo. Diego Clementino é quem deveria ter entrado no lugar do André Lima, de preferência já no intervalo. E Fabio Santos, depois de um gre-nada brilhante, bom… voltou a ser Fabio Santos.

Alguns viram culpa do Victor no primeiro gol. Não foi o meu caso. O chute do Conca foi espetacular e deveria ter sido travado pela nossa zaga. Por mais insano que possa parecer, um dos melhores jogadores do Campeonato Brasileiro é argentino. E há semanas joga lesionado, praticamente sozinho, num time totalmente desfigurado. Pois foi este time desfigurado que se aproveitou da nossa incompetência para retomar a ponta.

E assim, o Grêmio perdeu, de novo, uma rodada perfeita para entrar de vez no batalhão de elite do Campeonato. Na rodada em que o Corinthians empatou, o Atlético-PR perdeu e o Fluminense tinha nove desfalques, o Grêmio tirou o pé da bola e entrou novamente na fila por títulos. E lá vamos nós.

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