quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Predadores - crítica

Robert Rodriguez se atrasou 22 anos para nos trazer sua versão dos aliens rastafari, mas até que valeu a pena esperar todo esse tempo.


Feche os olhos. Transporte-se para 1987. Provavelmente você nem se lembre (eu também não lembrava, tive que recorrer ao Google mesmo) mas foi nesse ano que estreou Predador (Predator, 1987), um filme bacana de ação com efeitos meio toscos mas que trazia em seu papel principal o Mister cueca-apertadinha-enfiada-no-rêgo Arnold Schwarzenegger (de Exterminador do Futuro), aí já viu...

Com tanto sucesso uma seqüência era só uma questão de tempo mesmo. Em 1990 chegou as telonas Predador 2 (Predator 2, 1990) agora com o Grande Astro (com cara de Rapper/maloqueiro/engraçadinho aposentado) Danny Glover da cine franquia da década de 80 Máquina Mortífera (Lethal Weapon, 1987) - esse você se lembra por causa do Mel Gibson.

17 anos depois o meia boca Alien vs Predador (idem, 2004) nos matou a saudade do bichão de cabelo rasta e de quebra ainda o colocou diante de um outro alien de beleza similar – e teve uma seqüência igualmente ruim; Mas sinceramente, quem assistiu Predador (e gostou) sabe que uma seqüência digna nunca aconteceu – até agora. A seqüência, como nós imaginamos é Predadores (Predators, 2010) – tudo bem que se atrasou 22 anos até estrear. Mas convenhamos, valeu a pena esperar.

Agora abra os olhos e me diga aê você, quem no mundo das celebridades gringas teria reais possibilidades de fazer frente aos aliens mais estilosos do universo?

  • 1 (_) Jack Bauer (o cara que sempre resolve tudo em 24 horas)
  • 2 (_) Adrian Brody (o cara mais magrelo da lista)
  • 3 (_) Frank Castle (o cara que mata mais que o rambo)
  • 4 (_) Sylvester Stallone (o cara da boca torta)
  • 5 (_) Chuck Norris (“o cara”)

Bem, se você escolheu a opção 2 então acertou em cheio, pois se Adrian Brody (o pianista) já peitou até o King Kong, não seria um alienzinho de cabelo trançado que iria por medo no magrelo.

Pequenos detalhes Grandes diferenças.

No filme, Brody encarna Royce, um mercenário daqueles que venderia tranquilamente até a mãe por uns trocadinhos; ele lidera uma elite de malucos do tipo “espírito de porco” (assassinos, mercenários, mafiosos, presidiários, membros de esquadrões da morte e outros desse naipe) que descobre ter sido arremessado num outro planeta para servir de caça aos personagens que dão nome ao filme.

Do ponto de vista da história, Predadores oferece uma diferença (que faz toda diferença) com relação ao filme original. Em 87 os companheiros do eterno Mister Universo Shwarzenegger (eita nome difícil da porra) eram presas fáceis nas mãos dos caçadores mascarados e tivemos a alegria de vê-los morrer horrívelmente chorando por misericórdia – não me chame de sádico, por favor. Aqui os caçados são todos “cobras criadas”, estão armados até os dentes e possuem toda a técnica necessária para avaliar sua situação e desenvolverem estratégias de combate. Isto, naturalmente, não impede ninguém de morrer – até porque se evitasse o filme seria uma merda, afinal o público quer ver é sangue mesmo.

Quanto a parte visual da parada, não é muita surpresa que os efeitos tenham sido atualizados. No original, os aliens pareciam umas bibas vestidas em fantasias de escola de samba. Em Predadores, a camuflagem, a mira laser, o gancho e a forma como os grandões olham e movem-se é muito mais realista, bem selvagem mesmo. O único problema é que leva quase metade do filme (uns 50 minutos) até aparecer o primeiro bichão, aja unha pra roer. Mas quando enfim aparecem, as lutas são viscerais e muito melhor coreografadas com relação ao original da década de 80.

Rasgação de seda à parte, Brody é o tempero que faltava na trama. E não é só por ter aumentado as medidas, ganhado uns músculos e melhorado sua cara de macho; o cara traz uma inteligência bacana para o líder do bando – tipo vilão europeu, saca? Já o restante dos merdas de sua equipe, são descartáveis mas servem para manter a trama (que não é lá essas coisas mesmo) e a ação se movendo bem – apesar de a presença de Laurence Fishburne (de Matrix) ter sido uma surpresa bem agradável.

Para aparar as arestas, a sensação que Predadores passa é que a intenção era mesmo parecer algo bem feito, algo pensado. Das paisagens exóticas à ansiedade gerada (propositalmente) pelos minutos sem a presença dos Predadores colocam o público em sintonia com a bagaça e nos mantém nessa sintonia até o fim. Mas não se engane, isso não significa que o filme seja “o filme” nem que seja lá grande coisa. Qualquer um ao assistir Predadores obterá dele apenas o básico pelo que pagou para ver um filme de ação com alienígenas carniceiros – isto é, tiros pra todos os lados, visceras à mostra e sangue, muito sangue. Nada mais.

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Informações úteis:

  • Titulo original: Predators
  • País: EUA
  • Ano: 2010
  • Duração: 98 min.
  • Gênero: Ação / Ficção
  • Direção: Ninród Antal
  • Elenco: Adrian Arody, Alice Braga, Thoper Grace
  • Avaliação: 3 (ok)
Informações (in)útéis
Sobre o filme:
  • Quando vi? 17/07/2010
  • Com quem?
  • Quantas vezes? Uma vez
  • O que senti? Pow, foi bom ver novamente um filme bacana com o Alien Rasta.
Sobre o texto:
  • Quando escrevi? 18/07/2010
  • Onde estava? Em casa
  • O que escutava? MV Bill - Falcão
  • O que ingeria? Nada
Trailer oficial:



A hora do pesadelo - crítica

O aguardado remake do vilão desfigurado até começa bem, mas...


Eu sei que remakes são um mal necessário (e inevitável) na indústria do cinema atual, mas confesso que ainda me estresso muito com a maioria deles. Independentemente disso, eu admito que estava ansioso para ver este novo A Hora do Pesadelo (A Nightmare on Elm Street, 2010), mas só por causa da notícia de que seria Jackie Earle Haley (Ilha do medo, 2010), o ator que iria herdar o papel de Freddy Krueger – não que eu fosse grande fã do rapaz ou mesmo acreditasse que ele iria se destacar papel, mas como nunca fui mesmo com a cara do Robert Englund (o antigo Fred), qualquer outra (ou outro) merda servia...

Olha só, pra mim, se você quer fazer um remake de um clássico do horror, a única exigência que eu faço é que você traga algo de diferente para a tela, uma outra interpretação, algo que revigore o material original e levante o moral do departamento cinematográfico dos sustos e dos pelinhos arrepiados. E o Diretor Samuel Bayer (parente do Paulo Bayer, será?) até pareceu que tinha lido meus pensamentos e (quase) seguiu isso a risca, apostou numa abordagem diferente - e não é que o cara acertou rapá... Deixou para trás o acampamento e o humor sacana (e sem graça) do original. Já as referencias ao abuso de crianças tornaram essa versão de A hora do pesadelo ainda mais relevante, pois estes crimes são mais freqüentes agora, do que eram em 1984, quando o filme original foi lançado.

“Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade”...

Eu não faço idéia do que pensava O Maluco Beleza quando citou isso numa de suas músicas, mas não é que ele descreveu esse filme...
Aqui, um grupo de amigos adolescentes partilham pesadelos aterradores em que um maluco (outro maluco, nesse caso) horrivelmente marcado usando uma luva semelhante a do Edward mãos de Tesoura tenta matá-los. Cada um faz tentativas desesperadas para ficar acordado a fim de evitar o sono e conseqüentemente o bote do feioso. Após a morte de cinco amigos, Nancy e Quentin (Rooney Mara, da série Plantão Médico e Kyle Gallner, da série Smallville respectivamente) resolvem dar uma de agentes do C.S.I. e passam a investigar o caso; logo descobrem que assim como seus amigos mortos eles compartilham uma história até então desconhecida de abuso contra eles enquanto crianças, pelo homem de seus sonhos. Duplamente traumatizante isso...

Alegria de pobre dura pouco mesmo.

Infelizmente os acertos de Bayer em A Hora do Pesadelo pararam por aí. Ele decepcionou de muitas formas. Visualmente, o diretor não conseguiu fazer uma distinção decente entre o mundo real e o dos sonhos, ao contrário de Wes Craven, que criou uma verdadeira atmosfera hipnótica para as seqüências de sonho no filme original. A trilha sonora do filme foi assustadora – de tão ruim. E os jovens atores escalados para interpretar Nancy e seus amigos não se deram muito bem. Mara em particular, conseguiu atuar abaixo da linha da mediocridade como Nancy, originalmente interpretada como uma garota corajosa por Heather Langenkamp.

Mas o maior dos equívocos ainda estava por vir, Bayer e os roteiristas cometeram um erro bisonho em sua visão para o vilão. O diretor e sua patota redesenharam Freddy de uma forma muito mais realista do que a forma como aparece no original. O problema é que Krueger é um fantasma, negão; um personagem sombrio e sádico que habita o submundo dos pesadelos e cujo poder deriva de sua história como uma lembrança horrenda da violência (e da vergonha) na mente dos adolescentes. Freddy só ataca em seu território, ele conhece o terreno, a estrutura das paisagens do sonho – suas vítimas não. Com estas vantagens, Freddy é capaz de restabelecer com Nancy e seus amigos a condição de todo-poderoso agressor (exatamente como um adulto contra uma criança indefesa). Se esses atributos fazem do cara uma força sobrenatural e aterrorizante o personagem precisa ser abordado como tal. Em vez disso, Bayer sem querer reduziu o tamanho do personagem ao “humanizá-lo”. Como resultado, este Freddy perdeu a estatura mítica para ser verdadeiramente ameaçador.

Dito tudo isso, nenhum dos problemas do Freddy poderiam ser colocados na conta do Haley, que ofereceu um desempenho bem razoável. Haley teve a difícil tarefa de atuar (assim como fez em Watchmen) através daquela máscara, que limitava suas expressões faciais – e isso é realmente muito difícil. Sua capacidade de projetar para além daquele rosto distorcido já diz muito sobre sua habilidade como ator. Agora sobre o restante do filme, este descreveu muito bem a habilidade do diretor Bayer (ou a falta dela) na condução de um filme – por mais simples que ele seja.

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Informações úteis:

  • Titulo original: A Nightmare on a Elm Street
  • País: EUA
  • Ano: 2010
  • Duração: 98 min.
  • Gênero: Terror
  • Direção: Samuel Bayer
  • Elenco: Jackie Earle Haley, Rooney Mara, Kyle Gallner, Katie Cassidy, Thomas Dekker, Kellan Lutz, Clancy Brown, Connie Britton.
  • Avaliação: 3 (ok)
Informações (in)útéis
Sobre o filme:
  • Quando vi? 22/05/2010
  • Com quem?
  • Quantas vezes? Uma vez
  • O que senti? O que senti eu nem sei, mas sei o que não senti: MEDO.
Sobre o texto:
  • Quando escrevi? 23/05/2010
  • Onde estava? Em casa
  • O que escutava? Kamelot - Ghost Opera
  • O que ingeria? Vinho(s)
Trailer oficial:



quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Teste seu gosto cinematográfico.

Como uma simples operação matemática pode definir com exatidão o filme que você mais gosta numa lista? Descubra.


Esse teste é surpreendente mesmo. Vagando por aí acabei descobrindo esse negocio – não me pergunte onde... mas o que importa é que o teste funciona mesmo; Seja honesto e não olhe a lista de filmes até que você tenha feito todas as contas! Divirta-se.

Teste do filme:
  • 1. Escolha um número (de 1 a 9).
  • 2. Multiplique por três.
  • 3. Adicione 3.
  • 4. Multiplique por 3 novamente.
  • 5. Agora some os dois dígitos para encontrar o seu filme favorito – a lista segue logo abaixo:
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1 A Origem

2 Armageddon

3 B-13

4 Fúria de Titãs

5 Harry Potter

6 Identidade Bourne

7 Matrix

8 Senhor dos Anéis

9 Os Prazeres do sexo com animais

10 O negociador

11 Ó paí ó

12 P.S. Eu te amo

13 Quarteto Fantástico

14 Rain Main

15 Ratatouille

16 Salt

17 S.W.A.T.

18 Tá chovendo Hambúrguer

Onde está o Grêmio?

Annie Fim, assitiu a pelada no Rio, viu a merda que a arbitragem (novamente) fez, mas não deixou de lembrar que as maiores cagadas do jogo foram as nossas mesmo...


Acredito que todos vocês conheçam a série de livros “Onde está Wally?”. Temos que procurar aquele simpático personagem e, conforme avançamos nas páginas, a tarefa fica mais difícil. Pois no Engenhão me senti em um daqueles livros. Procurando o Grêmio. Sim, pois, não sei vocês, mas não vi o Grêmio entrar em campo ontem.

O Fluminense, então líder do Campeonato, não assustava: ainda não havia vencido em Outubro, estava muito desfalcado e, mesmo com ingressos pela metade do preço, não atraiu nem 14.000 pagantes ao Estádio (público total de menos de 16.000). O Grêmio vinha embalado, com um time bem montado e com possibilidades de entrar no G4. Pura ilusão.

A torcida visitante, como sempre, fica no pior lugar do estádio: na ala Sul, atrás da meta do Fluminense no primeiro tempo. Mas este pior lugar foi o ângulo perfeito para vermos não só a pintura que foi o primeiro gol do Conca, mas a ineficácia do verdadeiro tricolor. Passes laterais, poucos chutes a gol e uma profusão de “enceradeiras malucas” rondando a área do goleiro Ricardo Berna foi o que eu vi de onde estava sentada.

No final do primeiro tempo o Grêmio teve chances de empatar, mas não teve competência para converter as chances em gols. Minha esperança era que o Renato desse uns berros no vestiário e o time voltasse comendo a bola no segundo tempo.

Mas o time voltou com a mesma disposição de trocar passes laterais e não chutar a gol. Irritava. E do nosso ângulo, a visão era ótima para isso.

Claro que o pênalti não assinalado sobre o Jonas aos 19 minutos do segundo tempo, quando ainda estava 1×0, poderia ter mudado a história do jogo. É claro também que o fato de, em menos de cinco minutos, recebermos quatro cartões amarelos destemperou os ânimos dos nossos jogadores. Mas eu não me coaduno com teorias da conspiração, máfia vermelha e ‘todos sempre apitam contra nós o tempo todo’. O erro daquele senhor nos prejudicou, mas para mim, o Grêmio se prejudicou mais.

E não paro por aí. O Renato, a quem admiro pela coragem, não só demorou para mexer no time, como errou nas substituições. Souza deveria ter saído antes, pois claramente não estava rendendo. Diego Clementino é quem deveria ter entrado no lugar do André Lima, de preferência já no intervalo. E Fabio Santos, depois de um gre-nada brilhante, bom… voltou a ser Fabio Santos.

Alguns viram culpa do Victor no primeiro gol. Não foi o meu caso. O chute do Conca foi espetacular e deveria ter sido travado pela nossa zaga. Por mais insano que possa parecer, um dos melhores jogadores do Campeonato Brasileiro é argentino. E há semanas joga lesionado, praticamente sozinho, num time totalmente desfigurado. Pois foi este time desfigurado que se aproveitou da nossa incompetência para retomar a ponta.

E assim, o Grêmio perdeu, de novo, uma rodada perfeita para entrar de vez no batalhão de elite do Campeonato. Na rodada em que o Corinthians empatou, o Atlético-PR perdeu e o Fluminense tinha nove desfalques, o Grêmio tirou o pé da bola e entrou novamente na fila por títulos. E lá vamos nós.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Troque o cervejão por um vinhozinho.

Seis coisas que você sempre quis saber sobre essa bebida mas tinha vergonha de perguntar ao garçom.


Eu sou da galera cervejeira, mas admito que não ouso discordar dos que dizem que almoços mais arrumadinhos, eventos com alguma frescurinha ou mesmo um happy hour com o aspones de sua empresa podem ser ótimas ocasiões para calibrar o fígado com um negocinho mais chique. No caso, um vinho. Pensando nisso, resolvi convidar Amanda Vulgh, uma brother que entende tudo do assunto (segundo ela) para beber um copinho de qualquer coisa alcoólica e me responder umas perguntinhas sobre a velha bebida. Confira abaixo:

Rof: Qualquer uva serve pra fazer um vinhozinho?

Amanda: Não. As melhores são as francesas, as alemãs e as espanholas. Os principais tipos de uvas são: Chardonnay, Riesling, Sauvignom e Tempranillo. Há mais de 5.000 tipos de uvas viníferas, mas as que servem pra fazer os bons vinhos não passam de 50.


Rof: Eu, como todo bebum da baixa ralé só conheço caneca de Cerveja, taça de Sidra e copinho de Cachaça. Como são os copos de vinho?

Amanda: RSS. As taças de vinho são sempre altas e transparentes, com hastes longa para que se possa pegá-la sem aquecer a bebida.


Rof: Tudo bem que o cara queira dar uma narigada no seu vinho e sentir aquele cheirinho exótico de... UVA. Mas alguns cheiram até a rolha; por que isso?

Amanda: Isso é muito comum, as rolhas são feitas com a casca de uma árvore chamada Sobreiro e independentemente da qualidade do vinho podem ser atacadas por fungos, isso passa um odor desagradável de mofo a bebida. Portanto, sempre dê uma “narigada” – como diz você, na rolha.


Rof: Vinho sem safra definida é coisa de pobre?

Amanda: RSS, você é uma figura... pode-se dizer que sim pois os vinhos realmente bons pertencem a safras específicas.


Rof: eu até concordo que um vinhozinho é bom quando a temperatura abaixa. Como aqui em salvador isso é coisa rara, você não prefere uma cervejinha ao invés de um vinho?

Amanda: acho que o ar-condicionado dos restaurantes resolve em parte essa questão. De qualquer forma, o indicado é que se beba os menos alcoólicos nas estações mais quentes. Mas uma cervejinha tem o seu lugar também.


Rof: Quais suas últimas palavras?

Amanda: Últimas? RSS, Deus me livre ainda tenho muito o que viver, RSS. Brincadeiras a parte agradeço pelo espaço, sou leitora assídua do blog e adoro todas as postagens, principalmente as críticas dos filmes que considero as melhores da net. Um beijo a todos os leitores e espero que esta página tenha uma vida longa, muito longa.

O livro de Eli - crítica

Novo filme dos irmãos Hughes começa até bem mas "se vende" e termina como mais do mesmo.


Será que você aí é como eu? Será? Não, não estou chamando você de lunático, o que quero dizer com isso é que com certeza você já deve ter se perguntado porque 9 em cada 10 filmes com visões apocalípticas do mundo, são desérticos (com cenários tão áridos que fazem o sertão nordestino parecer a Suíça), com um monte de escrotos saqueadores soltos por todos os lados, buracos aos montes, entulhos (pra todo lado que a câmera se vire tem sempre um monte de coisa suja ou quebrada) e um punhado de manés com pouca ou nenhuma esperança.

Será que você já notou isso ao menos? Será? Ah, não importa, O livro de Eli (The book of Eli, 2010) seguiu essa mesma linha, lembrando muito filmes como Mad Max (idem, 1979) por exemplo – cara solitário, mundo desolado, sol desgraçado...

Mas uma coisa separou (e muito) O livro de Eli do restante dos outros filmes com esse tema: o lance religioso – afinal, o que mais tem haver com fim do mundo?

Eli (Denzel Washington, de Dia de Treinamento) acredita ser tipo um profeta indo rumo ao por do sol em busca de um lugar para pregar a palavra de Deus. Ah, antes que eu me esqueça... ele tem uma Bíblia – e essa é a última que existe!

Uma outra coisa que diferenciou este filme dos outros tantos que existem por aí é a forma como os diretores/irmãos Albert e Allen Hughes (de Do Inferno) usaram alguns recursos visuais interessantes que dá realmente uma sensação de desolação. É o caso da textura meio granulada, as cores quentes, o som... note que os tiros são silenciados lentamente dando a impressão de profundidade, isso nos passa uma impressão maior de veracidade. O lugar parece desértico mesmo.

Esqueça Wesley Snipes, negão bom de briga é o Denzel!

Infelizmente nem tudo por aqui é original, como todos os filmes desse tipo, aqui também temos um clichezãããããããão: A PANCADARIA! Seja com um facão,uma pedra, uma pistola ou na mão grande, o importante para o protagonista é tocar o terror mesmo, enchulapar qualquer um que apareça em sua frente. E olha que o negão faz isso até com uma certa facilidade – uma amiga chegou a me falar que achou o filme uma mistura de Blade - o caçador de vampiros (idem, 2002) e Mad Max. No inicio até que não entendi muito bem, mas do meio pro fim não é que tem algumas semelhanças mesmo – note as coreografias das lutas...

Mas O livro de Eli se desenrolou como uma espécie de Faroeste das antigas e como tal, teve que ter um vilão bem clichê. E é exatamente quando esse vilão da as caras que o bolo que pareceu ser especial se tornou exatamente igual a qualquer outro docinho da mesa. Carnegie (Gary Oldman, de Batman – o Cavaleiro das Trevas) é um cara cruel, que fará qualquer coisa para surrupiar o livro que Eli carrega. Eu nem preciso dizer que o grande momento do filme é exatamente quando ambos se encontram e claro que esse encontro foi recheado de bofetadas, cacetadas, cusparadas, mordidas e outras trocas de gentilezas.

O pior de tudo é que é decepcionante ver um filme que tinha tanto potencial ir nessa direção. Poderia ter sido muito mais que isso se explorasse o uso da religião e suas varias contradições – servindo como salvação para uns e para outros uma verdadeira maldição.

Carnegie é o típico personagem prostituído, um “Capeta básico” – nada contra Oldman, ele o faz até com a competência natural de suas atuações. O Denzel dispensa comentários... O problema foi realmente de direção. Os diretores permitem que o filme descambe para um lado mais “comercial” e acabam perdendo todo o potencial de seu roteiro – e de seus atores, afinal temos dois verdadeiros monstros da atuação nos papéis principais.

Assim mesmo, O Filme de Eli é um livro que merece ser lido, digo, O Livro de Eli é um filme que merece ser visto, ainda que a produção comece de forma tão positiva e do meio pro fim torne-se previsível (e até monótona), mesmo após um final inesperado que fará boa parte da platéia gastar mais um ingresso para entender melhor.

Por fim, acho interessante elogiar o trabalho do roteirista estreante Gary Whitta, todos nós sabemos que com certeza o roteiro original não devia ser da forma como saiu na tela, os “ajustes comercias” são as maiores pragas do cinema atual e destroem as boas idéias como a de roteirista novato. Parabéns Whitta, você fez um ótimo trabalho. Já os outros...

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Informações úteis:

  • Titulo original: The book of Eli
  • País: EUA
  • Ano: 2010
  • Duração: 118 min.
  • Gênero: Ação / Suapense
  • Direção: Albert e Allen Hugues
  • Elenco: Denzel Washington, Gary Oldman, Jennifer Beals, Mila Kunis, Ray Stevenson, Lora Martinez, Luis Bordonada, Tom Waits, Frances de la Tour
  • Avaliação: 3 (ok)
Informações (in)útéis
Sobre o filme:
  • Quando vi? 05/04/2010
  • Com quem?
  • Quantas vezes? Uma vez
  • O que senti? Ha, vá...
Sobre o texto:
  • Quando escrevi? 10/04/2010
  • Onde estava? Em casa
  • O que escutava? Summer Eletrohits (ou melhor, o meu vizinho escutava na maior altura..)
  • O que ingeria? Cerveja
Trailer oficial:



7 razões para acreditar!

Bonatto nos abre os olhos para o nosso potencial. Avante Grêmiooooo!!


Por Cristian Bonatto

O FRANCO-ATIRADOR

É do Grêmio a condição de sniper da reta final do Campeonato Brasileiro. É o único clube que ainda enfrenta TODOS os adversários diretos posicionados a sua frente na classificação, com exceção do Corinthians, já derrubado no segundo turno. Das nove balas da munição restante, seis estão destinadas a:
  • Cruzeiro (olimpico),
  • Inter (Olimpico),
  • Fluminense (Engenhão),
  • Santos (Vila Belmiro),
  • Atlético-PR (Olimpico)
  • Botafogo (Olimpico).
Ou seja, quatro destes no Olímpico, onde é mais difícil o alvo se esconder. Com tantos jogos de seis pontos, a reta final virou uma série de mata-matas. A receita é manter a frieza e impiedade do segundo turno.

O VELHO CASARÃO

Além dos quatro em seis adversários de cima, no geral são cinco das nove rodadas a serem jogadas em casa. Agora sem a desculpa dos jogos às 19h30min em meio de semana, que afastou a maioria da torcida durante quase todo o campeonato, desta rodada até o final todos os jogos em casa são aos domingos. Vem aí o reforço, até então prejudicado, da cavalaria do interior do estado e de Santa Catarina, que além de lotar o Olímpico, não gostam de perder viagem e fazem a sua parte 90 minutos.

A SEXTA MARCHA

Apesar da angústia de em cada uma das últimas vitórias olharmos para a tabela e parecer que nada muda, a ascensão do Grêmio é ininterrupta. Como esta, na turma acima, só a do Cruzeiro. Os únicos que mantém regularidade são os dois já classificados à LA, Inter e Santos. Fluminense, Atlético-PR e Corinthians vêm caindo de aproveitamento, este último de forma mais vertiginosa, para mim, o flanelinha do G3, bem cuidado. Neste quesito é bom ter cuidado com os que estão logo abaixo. Palmeiras (que pode conquistar a vaga via-Sulamiranda), Vasco e São Paulo, estes com gás renovado.

O GRUPO

Só o Grêmio tem Jonas, inalcançável na artilharia do Campeonato e querendo mais. Quer também a Seleção e já merece. Só o Grêmio tem Victor, voltando da Seleção com os cartões zerados. Com ele em campo. contra o Vasco, provavelmente o Grêmio teria vencido a quinta seguida fora de casa. O Grêmio tem Gabriel, nos lembrando o que é ter um lateral-direito. O Grêmio tem ainda um plantel crescendo coletiva e individualmente nas mãos do Renato, que recuperou Douglas, firmou Rochemback e Adílson, achou Vilson e Paulão (faltando um pouco mais de entrosamento), quando o mercado não mostrava nada para a zaga.

A CAUSA

O Grêmio tem um grupo que voltou a acreditar na causa sem se importar com as consequências, comprometido com a meta de chegar a Libertadores 2011 e conquistá-la. Sabem das dificuldades que umas três rodadas de tempo perdido impuseram, mas assimilaram também a Imortalidade que ouviam falar, talvez sem levar muita fé até chegarem ao Grêmio.

O SANTO

O Grêmio tem Renato Portaluppi e tudo o que já foi dito, parecendo inesgotável, quanto ao seu trabalho no Olímpico. Questionado como técnico “do Grêmio” até perceberem que se tratava, na verdade, de um técnico “gremista”, e que ao mesmo tempo não se conforta nesta condição para jogar para a torcida. Pelo contrário, chegou invertendo a expectativa e também conceitos sagrados para os gremistas. Num momento em que queríamos que chegasse chutando a porta do vestiário e fizesse o Douglas engolir a frase “não sei marcar”, fez exatamente o inverso. Ter culhão também é isso, e só muda o que é sagrado, quem é Santo.

A MATRIZ

Por último, a esperança a qual menos devemos nos escorar, embora seja obrigação da direção estar atenta e demonstrar algum poder de bastidores no final da gestão: a permanência da quarta vaga na Libertadores, DESVIRANDO o tapete na Conmebol. Por mais que exista a possibilidade o foco deve ser NO MÍNIMO o terceiro lugar.

Sherlock Holmes - crítica

Guy Ritchie conseguiu transformar o famoso detetive de Sir Arthur Conan Doyle num personagem de conto do Scooby Doo.


Estava eu, tentando puxar pela mente minhas leituras de uma ou duas histórias do Holmes, lidas ainda na época do ensino fundamental enquanto assistia um filme no estilo “surf de piscina” (coisinha mais sem graça). Pra ser sincero nem me lembro muito bem dos textos de Sherlock Holmes. As únicas coisas que me vem a mente são: ele era um bastardo do tipo compreensivo, que fumava um cachimbinho (não o da paz, claro) e usava um chapéu xadrez engraçadinho, sem esquecer da característica capa...

Acho que dei mais voltas que um peru na merda para dizer que não fiquei muito impressionado com a nova história do detetive famoso e interessado ainda menos em suas novas características. Evidente que não precisava ser nenhum gênio pra imaginar que com Guy Ritchie (Rock n' Rolla, 2008) envolvido no projeto, o filme não seria nada que seus avós poderiam reconhecer ou aprovar. Ritchie é muito conhecido por “distorcer” personagens dos outros e transformá-los numa outra coisa qualquer – e vai saber em que ele quis transformar o Holmes.

Mas antes que vocês achem que vou baixar o pau na obra do rapaz, quero dizer que Sherlock Holmes (idem, 2009) é sim, um divertido filme de ação que na minha opinião pecou por mostrar um lado do personagem, digamos um pouco indigesto. Se o filme fosse sobre um outro detetive qualquer, passaria como um bom filme.

No filme, o Sr. Holmes (Robert Downey Jr., de Homem de Ferro) é apreciador de apartamentos sujos e bagunçados, além das drogas – Ritchie conseguiu transformar o antigo cachimbinho em cachimbo da paz mesmo. Sem falar que sua convivência com seu fiel companheiro Dr. Watson (Jude Law, de A.I. – Inteligência Artificial) lhe serve mais como parceiro para os diálogos “homoeróticos” e acesso a toda a “frescurinha” da alta sociedade britânica do que como qualquer outra coisa. Como Einstein, o Holmes de Ritchie é um gênio nato, o cara é o picão mesmo, poderia muito bem solucionar seus “problemas” de forma elegante e inteligente, mas gosta mesmo é de resolver suas questões na base dos catiripapos, seja por diversão ou por sobrevivência. Mas os roteiristas Michael Robert Johnson, Antony Peckhan e Simon kimberg podem ao menos dizer que não mudaram as características “pomposas” do bom e velho britânico – até porque se até isso mudassem aí poderiam dar o nome que quisessem a esse personagem.

Roteiro de desenho do Scooby Doo?

Deixando as mancadas de lado, na Londres do século XIX há um mistério em andamento. Um certo malandro conhecido como Lord Blackwood (Mark Strong, de Kick Ass), mexe com aquelas tais “artes ocultas” e curiosamente tem dado fim a algumas donzelas da área nos seus trabalhos. Não dura muito até Holmes por a mão no sacana e enforcá-lo. Mas como assim? Parece que o cara adquiriu certos poderes através da “arte das trevas” que o permitiram ressuscitar. A Scotland Yard, liderada pelo inspetor Lestrade (Eddie Marsan, de V de Vingança), cai numa confusão daquelas e (claro) não consegue resolver o caso, aí entra em cena novamente o “pica das galáxias” Sherlock Holmes e seu companheiro Dr. Watson para por fim ao mistério e capturarem (novamente) o catimbozeiro do Lord Blackwood – nome legal esse, hein...

Mas eu não vou dar as longas voltas (e reviravoltas), como as do filme, para dizer que o Diretor Ritchie criou uma história que força o espectador a ser apenas espectador – não tente interagir com a ação, tentar resolver o caso, se antecipar aos fatos. Todas as pistas que a história nos fornece são descartáveis... Por mim tudo bem, até porque acho que a grande diversão do filme não é mesmo a tentativa de resolução do caso e sim as perseguições ou os clubes de luta nos bastidores de uma doca de construção de navios. Os efeitos deixam a desejar, concordo (os cenários são mal iluminados para esconder os defeitos); mas a sensação é que de fato estamos olhando a suja Londres de 1891.

Oh e agora, quem poderá nos salvar?

Eu!... Quer dizer, Ele! Robert Downey Jr. nos ajuda a ignorar alguns dos buracos no mistério com seu carisma e competência - e pensar que eu ainda cheguei a pré julgá-lo quando soube que ele daria vida ao detetive dos livros. Jude Law também dá sua contribuição para melhorar o nível da produção no papel do Dr. Watson, que geralmente era caracterizado como um “palhaço” nos filmes anteriores. Outro ponto forte é a razoável quantidade de tempo que a produção usa para “desenvolver” a amizade entre os dois protagonistas, no final acho que acaba valendo a pena.

Mas existe uma peça que não se encaixa no quebra cabeça, e esta peça é Irene Adler (Rachel McAdams, de Vôo Noturno). McAdams apesar de algum conteúdo como atriz, age como um peixe fora d’água e não adiciona nada mais ao filme. Felizmente seu tempo em cena é curto – assim não precisamos sofrer um longo período com sua presença.

Aliás por falar em longo, esse “resgate” de Holmes, se mostrou claramente a “versão comercial” do detetive e certamente terá uma longa história de seqüências. Agora a pergunta que não quer calar é: vale a pena assistir uma possível continuação?

A resposta é elementar meus caros leitores: Se os protagonistas voltarem, se McAdams e Ritchie não voltarem (claro), se o roteiro permitir aos espectadores ao menos TENTAR resolver o próximo caso e se eu não estiver jogando Colheita Feliz no dia da estréia; eu volto para ver o desenrolar do próximo mistério. E vocês?

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Informações úteis:

  • Titulo original: Sherlock Holmes
  • País: EUA
  • Ano: 2009
  • Duração: 128 min.
  • Gênero: Ação
  • Direção: Guy Ritchie
  • Elenco: Robert Downey Jr., Jude Law, Mark Strong, Eddie Marsan.
  • Avaliação: 3 (ok)
Informações (in)útéis
Sobre o filme:
  • Quando vi? 15/02/2010
  • Com quem?
  • Quantas vezes? Uma vez
  • O que senti? Ha, vá...
Sobre o texto:
  • Quando escrevi? 10/03/2010
  • Onde estava? Em casa
  • O que escutava? Maria Gadú - Maria Gadú
  • O que ingeria? Nada

Trailer oficial:


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Meninas Fantásticas? Nem tanto...

Finalistas do concurso são flagradas sem "armadura" e se mostram "não tão fantásticas".

He He, começou a edição 2010 de Menina fantástica e todos os marmanjos que anualmente (desde 2008) aguardam ansiosos para assistir um novo quadro (além do de Esporte, claro) já podem pular de alegria.
Mesmo sabendo que um novo rosto da moda brasileira está para ser revelado em pouco tempo (acredite, isso é importante pra algumas pessoas) a audiência masculina só tem olhos mesmo é para as curvas da garotada – que esse ano nem são tantas assim.

Como todos sabem (ah, você não sabe? Tudo bem, ninguém precisa dessa informação pra viver) o objetivo do projeto é rodar todo o Brasil em busca do “rosto perfeito”, aquele com os “traços” diferentes, que muita gente que não entende (isto quer dizer 90% da população brasileira) acha que é feio.

Nas duas primeiras temporadas, o concurso mexeu com o sonho de milhares de gatinhas brasileiras. As vencedoras foram a gaúcha Regina Krilow (meio chôcha), na primeira edição, e a também Rafaela Gewehr (melhorzinha), no ano passado.

O Menina Fantástica 2010 começa por Porto Alegre e teremos dez cidades. Neste ano, a gente vai incluir Salvador e Belém. A capital do Pará vai participar pela primeira vez. As candidatas devem ter entre 16 e 25 anos para participar. A idéia do quadro é descobrir novos talentos para o mercado de moda. Então, ter experiência ou não é irrelevante. É preciso vencer a concorrência na hora, explica Celso Lobo ao site da globo.


A caravana do Menina Fantástica 2010 contou com três ônibus, que viajaram por mais de 200 municípios durante 4 meses país a fora à procura de um novo rosto para a moda internacional. 50 gracinhas foram selecionadas para a semifinal e posteriormente 16 beldades se classificaram para a final.
Confesso que nessa edição eu achei que os olheiros da Agência Mega (empresa organizadora do concurso) acertaram em quase todas as meninas, mas convenhamos, quem não tem a curiosidade de saber como são essas “cuti-cutis” são por baixo daquelas “armaduras” – putz, tem umas garotas que parecem que estão com quilos de pó no rosto...

Seus problemas acabaram!

A hora é mais que oportuna para plagiar o slogam dos cassetas, pois realmente eu achei fotos das gurias sem maquiagem – tudo bem que não vai
mudar nada em nossas vidas essa informação, mas bem que é legal dar uma olhada no “shape” dessa mulherada “na real”. As imagens estão espalhadas pelo post.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Grêmio de 83 é imortal para Humberto Gessinger.

Ainda mais tricolor após a grande conquista do clube, a Libertadores, líder do Engenheiros do Havaí põe fé no time de Renato Gaúcho

por Renata Domingues
E
m 1983, Humberto Gessinger ainda não havia lançado o primeiro disco dos Engenheiros do Hawaii. "Longe demais das capitais" foi para as lojas três anos depois. O líder da banda era, portanto, um desconhecido do grande público quando estava na arquibancada lotada do Olímpico, em Porto Alegre, no dia 28 de julho. Bem próximo de sua cidade e de uma grande paixão. Nesse dia, o seu Grêmio derrotou o Peñarol por 2 a 1 e se tornou campeão da América. O músico gaúcho se esbaldou na comemoração. Festejou tanto, mas tanto, que ficou sem dinheiro. Um pouco embriagado, teve de caminhar por quase duas horas até chegar em casa. Sozinho, enfrentou o inverno do Sul no longo percurso. No fim daquela "Infinita Highway", a paixão de infância pelo Tricolor ficou mais intensa e sólida. E tornou aquele momento bastante especial.

"Estava muito frio. Assisti ao jogo tomando quentão, bebida alcoólica tradicional aqui, e fiquei um pouco embriagado. Acabei ficando sem dinheiro para pagar o ônibus e saí caminhando por cerca de 1h40m, superfeliz, em um frio do cão. Na rua, uma pessoa jogou um balde d’água fria na minha cabeça, devia ser um colorado. Fiquei todo molhado... Se andasse rápido, o frio ficava pior. Se andasse devagar, demoraria mais para chegar em casa. Mas cheguei. Depois daquele jogo foi como se todos nós (gremistas) tivéssemos passado por um rito de passagem e nos tornado torcedores melhores. Lavei a alma" - contou, aos risos.



Cantor, compositor e até arquiteto - deixou a faculdade a três semestres do fim - Humberto Gessinger é, antes de tudo, gremista. E para os torcedores do Grêmio hoje com mais de 40 anos, o segundo jogo da final da Libertadores de 1983 foi épico por ter culminado na conquista da então maior glória da história do clube. Jogo tão inesquecível que o músico incluiu a narração do fim da partida feita por uma rádio local no meio da canção de sua autoria “Anoiteceu em Porto Alegre”. No videoclipe, aparecem imagens de jornais da época destacando o feito tricolor.

"Minhas músicas são mais introspectivas, por isso nunca fiz nada direto para o Grêmio, mas já citei o clube em muitas letras - explicou Humberto, que atualmente toca na banda Pouca Vogal enquanto os Engenheiros do Hawaii, que viveram o auge do sucesso nas décadas de 80 e 90, dão uma pausa".


Além do músico, mais de 73 mil pessoas foram ao Olímpico e viram Caio abrir o placar após bola cruzada na área com apenas dez minutos de bola rolando. Aos 25 do segundo tempo, porém, o craque uruguaio Morena empatou. Mas, aos 31, a festa começaria. César aproveitou cruzamento da direita e marcou o que seria o gol do título do Tricolor, então comandado pelo gaúcho Valdir Espinosa, levando a torcida - e Gessinger - à loucura

"Foi um jogo que começou antes do início e terminou muito depois do fim em uma Libertadores aguerrida. O Grêmio já havia passado por batalha contra o Estudiantes, na Argentina (3 a 3 em La Plata). Não tinha nem exame antidoping naquela época. Antes, o Mazaropi pegou um pênalti que garantiu a vitória sobre o América de Cáli (2 a 1). Eram os bons tempos da Libertadores. Só dois times de cada país podiam participar. E esse jogo simboliza isso. Além de ter sido contra o Peñarol, que era um supertime" - relembrou Gessinger.


A batalha de um torcedor aflito

Anos mais tarde, o Grêmio já era campeão mundial (1983), havia vencido outra Libertadores da América, em 1995, era bicampeão brasileiro e tetra da Copa do Brasil. Mas, depois de tantas glórias, amargou a Série B do Brasileirão, em 2005, e teve de lutar muito para conseguir retornar à elite. Já um cantor famoso, Gessinger teve de assistir ao jogo que ficou conhecido como a Batalha dos Aflitos pela televisão, em um hotel no interior de São Paulo. Mas não teve coragem de acompanhar tudo até o final.

O Grêmio precisava apenas de um empate com o Náutico, em Recife. Mas o que parecia fácil ganhou ares dramáticos. No segundo tempo, já com um jogador a menos, o árbitro marcou pênalti para o Timbu - o segundo do jogo - e iniciou uma confusão generalizada que durou cerca de 25 minutos (veja o vídeo acima). Como consequência, mais três gremistas foram expulsos. Mas o que parecia impossível aconteceu. Galatto defendeu a cobrança, e, na sequência, mesmo com sete em campo, Anderson marcou um gol e deu o título para o Tricolor do gaúcho Mano Menezes. Gessinger não viu nada disso...

"Estava viajando. Assisti a todo o campeonato, mas, quando rolou o segundo pênalti do Náutico, larguei de mão e desci para passar o som. Encontrei o meu baterista e foi ele quem me falou que o Grêmio havia conseguido. Sofri o ano inteiro, e, na hora do melhor, não tive coragem de ver" - lamentou.


No Rio de Janeiro, músico vive ‘affair’ com o Botafogo

Gaúcho típico, com sotaque carregado, Humberto Gessinger morou no Rio de Janeiro por muitos anos por causa da música. Na Cidade Maravilhosa, não deixou o futebol de lado. Mas como diz a sabedoria popular, não há amor que resista a longas distâncias. Assim, longe do Imortal, ele chegou a flertar com uma equipe alvinegra, o Botafogo. O cantor se sensibilizou com a história daquele time que em 1989 pôs fim a um jejum de títulos que durava nada mais nada menos do que 21 anos. Liderado pelo capitão Mauro Galvão - gaúcho como Gessinger -, o time da Estrela Solitária derrotou o Flamengo por 1 a 0, gol inesquecível de Maurício.

"Morei no Rio entre 1988 e 1997 e peguei uma pequena paixão pelo Botafogo. O clube saiu da fila de 21 anos sem títulos, com um time que tinha alguns gaúchos. Poderia ter torcido pelo Fluminense, tricolor como o Grêmio, mas acabei escolhendo o Botafogo pela história" - admitiu.


O Rio de Janeiro também contribuiu para que o músico perdesse um pouco da aflorada rivalidade entre gremistas e colorados, comum para um estado como o Rio Grande do Sul, que divide a paixão dos torcedores entre dois clubes grandes:

"Não sou xiita, não. No tempo em que morei no Rio, o pessoal pegava no meu pé perdesse o Grêmio ou perdesse o Inter. Então, fui perdendo o anticoloradismo. Um dia, meu porteiro tocou flauta porque o Figueirense tinha perdido. Eu falei que o Figueirense é de Santa Catarina e ele disse que não interessava, pois, para ele, eram todos gaúchos (risos).


Confiança no trabalho do ídolo Renato Gaúcho à frente do Tricolor

De volta a Porto Alegre e passado o ‘affair’ pelo Glorioso, Gessinger, que já havia se tornado um “torcedor de sofá” - como ele mesmo confessa -, voltou a frequentar a arquibancada do Estádio Olímpico incentivado pela filha Clara, de 18 anos. Além do apelo familiar, o time comandado pelo ídolo Renato Gaúcho contribuiu para o retorno do músico à vida de torcedor de carteirinha.

"Este ano ela começou a ir mais aos jogos. Foi ela quem me levou de volta ao estádio. Eu estava um torcedor de sofá. E esse Brasileirão foi aguerrido também. A vida do gremista é tudo, menos um tédio" - comentou.


Neste Campeonato Brasileiro, o Grêmio figurou na zona de rebaixamento durante grande parte da competição e iniciou uma recuperação arrebatadora desde a chegada de Renato Gaúcho, há cerca de dois meses. Hoje, o time aparece na oitava colocação e, com 43 pontos, está a seis da zona de classificação para a Libertadores de 2011, o atual G-3. Apesar de restarem apenas nove rodadas para o fim do Brasileirão, Humberto acredita que verá o Tricolor gaúcho novamente na mais importante competição continental no ano que vem, e com um dos ícones da história gremista no comando.

"Sonhar é a profissão do gremista. Foi muito bacana que a recuperação tenha se dado com um cara como ele, parece coisa de filme. Ele chegou e deu conta do recado. Como treinador ele não tem uma característica muito gaúcha, porque é mais ofensivo. O time dele joga igual dentro e fora de casa. Não perdemos o ídolo e ganhamos o técnico. Renato foi corajoso, porque a coisa estava braba. Não era só futebol, era astral. Às vezes isso é mais difícil de ser corrigido. Acho que torcedor não tem que fazer conta, tem de acreditar" - declarou.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Feliz dia do Videogame!!


Mais um 12 de outubro e não há como negar. Presente de verdade pra um dia das crianças é videogame. Não importa a marca, o ano, as condições do console; o importante é cair no vício mesmo! Certo, eu sei que você deve ser um dos milhões de viciados em games e que deve ter pulado na cadeira quando leu o título deste post. Mas a pergunta é a seguinte: você sabe de onde veio esse passatempo viciante?

E para presentear os meus leitores neste dia tão especial posto o fruto de algumas horas de pesquisa. Boa leitura!

O Inicio do vício!

Se você não sabe, então saiba que foi em 1958 que o 1º nerd maluco (americano) teve a idéia de um jogo para computadores, mais exatamente no laboratório de pesquisas militares. O joguinho se chamava Tennis for Two e era exibido na tela de um osciloscópio. Nele, um ponto piscando representava a bola e os jogadores controlavam seu movimento por cima de uma linha vertical que representava a rede – um lance bem tosco mesmo, imagino. Não havia na imagem a representação dos jogadores, apenas da 'bola' (que era um quadrado) e da 'quadra' (que era um borrão) de tênis, numa vista lateral.

Que comecem os jogos!

Em 1949, o engenheiro Ralph Baer foi incumbido de criar a melhor televisão do mundo! E o cara era um visionário, ele pensava em criar uma TV interativa com jogos, mas a idéia miou. Anos mais tarde, em 1971, a Magnavox compra o projeto de Baer e começa a desenvolver o Odyssey, o primeiro videogame para ser conectado à TV e aí sim começaria a historia da viciologia.

Enquanto isso, um outro nerd chamado Nolan Bushnell, transforma o quarto da filha numa oficina e adapta o jogo Spacewar, de Steve Russell, criando um outro joguinho chamado Computer Space, o primeiro arcade do mundo. A experiência dá certo e ele passa a vender a novidade. A Nutting Associates se interessa e contrata Bushnell, temporariamente, para montar os arcades de Computer Space. Mais tarde Bushnell sente a “onda” e decide sair da empresa para fundar a Atari.

Enquanto isso, Bushnell presencia o aparecimento do primeiro videogame programável: O Fairchild Channel F. Agora os viciados já podiam congelar o jogo; alterar o tempo e a velocidade passou a ser possível com O Fairchild Channel F. Nessa época, surgem também as primeiras críticas aos jogos eletrônicos violentos. Death Race, da Exidy Games, foi o precursor de Carmaggedon. Sair atropelando toda porra que viesse pela frente era o objetivo do jogo. Death Race serviu ainda de inspiração para a criação de outro jogo recente, o Interstate 76. Logo após, dois lançamentos aumentam, ainda mais, a popularidade dos games: Football da Atari e o lendário Space Invaders, importado pela Midway Games e desenvolvido pela Taito. Esses dois títulos para arcade batem todos os recordes de vendas.

Veio 1979 e com ele o Lunar Lander, o primeiro jogo comercial com gráficos vetoriais, na forma de wireframes, isto é, os objetos eram formados por linhas como se fossem o esqueleto de um modelo 3D, é lançado. Nasce então o antecessor dos gráficos poligonais, usados na maioria dos jogos da atualidade.

Década de 1980

A Namco lança Pac Man, o arcade mais famoso de todos os tempos, com mais de 300 mil unidades vendidas em todo o mundo. Seu criador Toru Ywatami se inspira em uma pizza com sete fatias para criar o personagem. Nos EUA, onde 100 mil máquinas foram vendidas, o jogo ganhou novo nome: Puck Man. Mas esse rebatismo não durou muito. Por quê? Troque o “P” pelo “F” e veja o que acontece...

Em 1981 nasce alguns dos clássicos da Nintendo que viraram sucessos comerciais, o artista Shigeru Miyamoto cria o jogo Donkey Kong. O herói, apelidado de Jumpman, carpinteiro baixinho, deveria salvar sua namorada Pauline das garras de um gorila raivoso. Jumpman, nos Estados Unidos, ganha o nome de Mario, pois os funcionários da Nintendo acham o personagem parecido com Mario Segali - dono do galpão usado pela Nintendo em Seattle.

Game over!!
1984 é o ano negro da história do videogame.

Num piscar de olhos, o consumidor deixa de se interessar pelas máquinas de jogar. Por quê? As vendas de consoles caem vertiginosamente. Afinal, por que gastar US$ 150,00 num videogame, se um computador custa US$ 200,00? O computador também servia para atividades educacionais e muitas outras coisas. Além disso, as revistas especializadas ofereciam 4 ou 5 programas novos, inclusive jogos, a cada edição.
Já no final de 83, empresas não ligadas ao mundo dos jogos de videogame começam a entrar em contato com softhouses para criarem jogos promocionais. Até barraca de cachorro-quente quer um jogo que valorize a marca para usar como material de divulgação. Mas os games produzidos eram horríveis e o público, cansado desse joguinho de marketing, perde o interesse por jogos.

Enquanto isso, no outro lado do mundo, o NES começa a nascer. O Famicom, nome oriental do console que transformaria a Nintendo numa gigante, ganhava apoio das primeiras softhouses independentes que começaram a criar jogos para a plataforma. A primeira a entrar no barco foi a Hudson, que mais tarde viria a lançar clássicos como "Bomberman" e "Adventure Island".

Em 1985 a Nintendo começa a fazer testes em Nova York para vender o NES no mercado americano. Os varejistas estavam tão céticos em relação aos videogames que a Nintendo teve de concordar em recomprar tudo que não fosse vendido pelas lojas. E mais: deveria reformular o design para se adaptar ao gosto dos americanos, para quem videogame era acessório de TV, não um brinquedo. Para vender o console em lojas avessas aos videogames, a empresa também inventou um robô, o R.O.B. Nessas lojas, ao invés de ser vendido como videogame, o NES vira um pacote para jogos de robô. Apenas dois jogos saíram para R.O.B.

A Sega também entra no mercado americano com seu console, o Master System, esperando desempenho superior ao do mercado japonês. Distribuído pela Tonka, fabricante de caminhões de brinquedo, o console chega com a força do nome Sega nos arcades e alguns jogos originais, como Hang On e Fantasy Star, mas não emplaca. Um dos maiores sucessos da história é lançado: Tetris, do russo Alexey Pajitnov. Embora tenha criado um jogo conhecido mundialmente, Pajitnov não viu a cor do dinheiro, sugado pela política comunista. O jogo virou febre e inspirou outros quebra-cabeças. No mesmo ano a Nintendo lança o Game Boy nos Estados Unidos, Preço: US$ 149,95. O videogame portátil com imagens em preto-e-branco, e que vinha com o cartucho Tetris, começou uma história de recordes. Versões de Super Mario, o Super Mario Land, um clone de Breakout, Alleyway e um jogo de beisebol foram lançados rapidamente.

Década de 1990

A Nintendo lança a versão americana de Super Famicon, o Super NES, por US$ 249,95. Jornalistas questionavam se o novo Mario seria o suficiente para atrair os fabricantes dedicados ao NES. A Sega joga pesado e põe Sonic, the Hedgehog no Mega Drive para competir com o novo console da Nintendo. O carismático personagem, que virou mascote da Sega. Super Mario 3, o jogo mais vendido de toda a história da Nintendo, é lançado. Apesar de enfrentar a concorrência do Mega Drive, o NES teve o seu melhor ano. Acontece a primeira investida da Sony no mercado de videogames. A empresa propõe o lançamento de um CD-ROM, o PlayStation, para o Super NES. O periférico melhoraria as capacidades gráficas e sonoras com o novo formato em CD; os trabalhos estavam próximos da conclusão. Rumores de que a Sony conseguira um acordo e permitiria a Sony ter os lucros dos jogos de CD para Super Nintendo. Foi quando a Nintendo anunciou planos para trabalhar em conjunto com a Philips numa plataforma compatível com o console CD-i da empresa holandesa. A Sony, indignada, cancelou o desenvolvimento do CD-ROM e seus jogos e começou a trabalhar num console próprio, de 32 bits com mídia baseada em CD, para destronar a Nintendo. E em 3 de dezembro foi a vez da Sony entrar em ação com o PlayStation. A estréia se deu com ótimas conversões de arcade como Ridge Racer, bons jogos originais encabeçados por Battle Arena Toshinden e alguns títulos medíocres como Space Griffon.

A Quinta geração (32\64-bit)

A quinta geração marcou o advento dos jogos em 3D, como Super Mario 64, Tomb Raider e Final Fantasy VII, além de mais realismo e ação ao invés da fantasia e velocidade de jogos como Sonic e Mario. Os três consoles mais importantes dessa geração foram:

Sega Saturn (1994-Japão e 1995-EUA), rodava jogos em CD-ROM. Muito bem-sucedido no Japão, mas não no resto do mundo, devido á menos jogos (a complexa engenharia interna do Saturn tornava a programação difícil) e fãs irritados com o monte de periféricos do Mega Drive. Os grandes sucessos vinham de conversões de arcade (Virtua Fighter, Daytona USA, Virtua Cop, Sega Rally) ou títulos originais da própria Sega (Panzer Dragoon, NiGHTS into Dreams). Vendeu 10 milhões de consoles. Lançado no Brasil pela Tec Toy. PlayStation (1995), da novata Sony, nascera de uma parceria desfeita entre a Nintendo e a Sony, no meio do projeto, para criação um periférico de CD para o Super NES. Conseguiu logo o apoio de softhouses como Square (a série Final Fantasy, Chrono Cross), Konami (Metal Gear Solid, Castlevania: Symphony of the Night) e Namco (Tekken, Ridge Racer), assim tendo grande biblioteca de jogos. Tornou-se o líder da geração, com 100 milhões de consoles. Não lançado oficialmente no Brasil (apenas importado).

Nintendo 64 (1996), possuía 64-bits. Por manter o formato de cartucho, perdeu muitos desenvolvedores, e a maioria dos títulos vinha da própria Nintendo (Super Mario 64, The Legend of Zelda: Ocarina of Time, F-Zero X) ou da subsidiária Rare (GoldenEye 007, Banjo-Kazooie, Perfect Dark). Ainda assim, garantiu o segundo lugar com 33 milhões de consoles. Lançado no Brasil pela Gradiente.

Portáteis. Em 1998, a Nintendo lançou a versão colorida do Game Boy, o Game Boy Color, além de uma versão de bolso (Game Boy Pocket) e com luz (Game Boy Light) e acessórios como a Game Boy Camera. O Game Boy tornou-se ainda mais vendido com o lançamento da série Pokémon, que também se tornou anime, mangá e uma franquia bilionária.

Década de 2000 – a Sexta geração.

A sexta geração, a dos 128-bit, e começara com o lançamento do Sega Dreamcast (1998 no Japão, 1999 nos Estados Unidos). Embora o Dreamcast tivesse sido bem aceito, as vendas caíram no momento em que a Sony anunciou o lançamento do PlayStation 2 para 2000.

Em 2001, a Sega abandonou o console e passou a dedicar-se exclusivamente à jogos. O console vendeu 10 milhões de unidades. O PlayStation 2, lançado em 2000, continuou o legado de sucesso do PlayStation. Apoiado pela compatibilidade com jogos do original, o fato de rodar DVDs, e apoio da maior parte dos desenvolvedores, o PS2 vendeu 120 milhões de consoles em 7 anos.

A Nintendo anunciou em 1999 que estava desenvolvendo o sucessor do N64, com processadores desenvolvidos pela IBM. Originalmente com o codinome "Dolphin", em 2000 fora batizado como Nintendo GameCube, e lançado em 2001. Com medo da pirataria, a Nintendo não fez jogos em DVDs normais, mas em mini-DVDs com capacidade para 1,5 gigabytes. Devido á essa mídia diferente, e a imagem "familiar" da Nintendo, muitos fabricantes não colaboraram com o console. Apoiado principalmente por jogos da própria Nintendo, o GameCube já vendeu mais de 20 milhões de unidades.

Em 2001, um novo competidor entrava no mercado: a gigante do software Microsoft, com o Xbox. Também compatível com DVDs, e com um disco rígido para salvar jogos e músicas, o console possuía poucos jogos exclusivos (como a bastante vendida série Halo), mas geralmente recebia as melhores conversões. A Microsoft alcançou o 2º lugar no mercado, com 25 milhões de unidades.

A sexta geração foi marcada por muita controvérsia, pois o advento de games adultos, com excessiva violência e ás vezes sexo. Exemplos incluem as séries Grand Theft Auto e Resident Evil, Manhunt e NARC. A sexta geração também foi marcada pelo abandono do mercado brasileiro, com jogos e consoles importados. O grande marco fora a Gradiente parar de representar a Nintendo em 2003.

A Tec Toy ainda fabrica versões do Master System e do Mega Drive. Em 2005, a Sony parou de fabricar o PSOne (um PS1 menor) e se dedica a fabricar o Playstation 2 e o futuro Playstation 3.

Sétima geração.

A sétima geração começou em 2005, com o novo console da Microsoft, o Xbox 360. A Nintendo lançou o Wii em 19 de Novembro de 2006 nos EUA e 2 de Dezembro no Japão, e a Sony com seu Playstation 3, lançou em 11 de Novembro de 2006 no Japão, 17 de Novembro de 2006 nos EUA e Março de 2007 na Europa. Ambos tem joysticks com sensores de movimento porém o controle do PlayStation 3 teve seu nome alterado para Sixaxis (que em Inglês significa Seis Eixos). O motivo de instalar sensores foi para "revolucionar a forma de jogar", apesar de a Nintendo ter apostado mais nestes sensores do que a Sony, uma vez que permite muito maior variedade de movimentos. Enquanto a Sony opotou por melhorar os gráficos, tornando-os incrivelmente realistas e introduziu sistema Blu-ray. O sistema de mídia que a Microsoft optou por utilizar em seu console foi o DVD, porém o espaço é curto e a utilização da mídia está se tornando ineficaz para armazenar jogos que exigem mais espaço, portanto a Microsoft patrocinou para o Xbox 360 a mídia denominada HD DVD (atualmente extinta no mercado de mídia em disco atual - 2008) que era capaz de armazenar até 25 GigaBytes de dados em uma única camada, contra 50 GigaBytes do Blu-ray em camada dupla. (o HD-DVD é patrocinado também por empresas como a Toshiba, Sanyo, RCA, Microsoft, Intel e no lado do Blu-ray por exemplo temos a Sony, Philips,TDK, Sun Microsystens, Dell, Pioneer e Apple).

Em 2006, a Nintendo e a Sony revelaram os mais novos consoles, que já estavam em teste há alguns anos. Mas quem mais se destacou nesse geração foi o video game da Nintendo, o Wii, pois o preço de produção é baixo ,Jogos com custo baixo, além disso, um preço baixo aos compradores por US$ 250, já que o Playstation 3 é vendido por US$399 O Nintendo Wii também teve como codinome Nintendo Revolution. Possui um controle similar com um controle remoto, o qual tem com sensores que possibilitam que o jogador interaja com o jogo, movimentado o controle de um lado para o outro. Também o jogador tem a opção de conectar o Wii ao Nintendo DS ou à Internet via navegador Opera, a qual é novidade no ramo da empresa. O Wii foi lançado oficialmente no Brasil através da empresa Lamatel, com sede no Panamá, e junto, a concorrente Microsoft lança também oficialmente o Xbox 360 no país (no dia 1 de dezembro de 2006) sem outra empresa envolvida fazer o suporte. A Sony não vende nenhum de seus produtos (Playstation 3, Playstation 2 e PlayStation Portable) oficialmente em território nacional, apesar de o PlayStation 2 ser líder local no segmento na época.
Recentemente as 3 empresas Sony, Microsoft e Nintendo vêm tentando obter o maior número de jogos exclusivos, pois isso atrae mais o consumidor a adquirir tal console, devido a esse fator vários aparatos vêm sendo lançados para os três video-games, tais como uma balança para o Wii que se chama Wii Fit, novos modelos de console como o Xbox 360 Elite, Xbox 360 Jasper e até Boxes de video-games Exclusivos como o de Metal Gear Solid 4 do PlayStation 3.

No final de 2009 foi lançado o Zeebo, que foi o primeiro console brasileiro.

Oitava geração.

Ainda em desenvolvimento, o Nintendo 3DS é o primeiro console da geração a ser lançado. Possui novos recursos, como a tecnologia 3D sem óculos. O console será lançado no Japão até abril de 2011.

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