Mais um 12 de outubro e não há como negar. Presente de verdade pra um dia das crianças é videogame. Não importa a marca, o ano, as condições do console; o importante é cair no vício mesmo! Certo, eu sei que você deve ser um dos milhões de viciados em games e que deve ter pulado na cadeira quando leu o título deste post. Mas a pergunta é a seguinte: você sabe de onde veio esse passatempo viciante?
E para presentear os meus leitores neste dia tão especial posto o fruto de algumas horas de pesquisa. Boa leitura!
O Inicio do vício!
Se você não sabe, então saiba que foi em 1958 que o 1º nerd maluco (americano) teve a idéia de um jogo para computadores, mais exatamente no laboratório de pesquisas militares. O joguinho se chamava
Tennis for Two e era exibido na tela de um osciloscópio. Nele, um ponto piscando representava a bola e os jogadores controlavam seu movimento por cima de uma linha vertical que representava a rede – um lance bem tosco mesmo, imagino. Não havia na imagem a representação dos jogadores, apenas da 'bola' (que era um quadrado) e da 'quadra' (que era um borrão) de tênis, numa vista lateral.
Que comecem os jogos!
Em 1949, o engenheiro
Ralph Baer foi incumbido de criar a melhor televisão do mundo! E o cara era um visionário, ele pensava em criar uma TV interativa com jogos, mas a idéia miou. Anos mais tarde, em 1971, a
Magnavox compra o projeto de
Baer e começa a desenvolver o
Odyssey, o primeiro
videogame para ser conectado à TV e aí sim começaria a historia da viciologia.
Enquanto isso, um outro nerd chamado
Nolan Bushnell, transforma o quarto da filha numa oficina e adapta o jogo
Spacewar, de
Steve Russell, criando um outro joguinho chamado
Computer Space, o primeiro arcade do mundo. A experiência dá certo e ele passa a vender a novidade. A
Nutting Associates se interessa e contrata
Bushnell, temporariamente, para montar os arcades de
Computer Space. Mais tarde
Bushnell sente a “onda” e decide sair da empresa para fundar a
Atari.
Enquanto isso,
Bushnell presencia o aparecimento do primeiro
videogame programável:
O Fairchild Channel F. Agora os viciados já podiam congelar o jogo; alterar o tempo e a velocidade passou a ser possível com
O Fairchild Channel F. Nessa época, surgem também as primeiras críticas aos jogos eletrônicos violentos.
Death Race, da
Exidy Games, foi o precursor de
Carmaggedon. Sair atropelando toda porra que viesse pela frente era o objetivo do jogo.
Death Race serviu ainda de inspiração para a criação de outro jogo recente, o
Interstate 76. Logo após, dois lançamentos aumentam, ainda mais, a popularidade dos games:
Football da
Atari e o lendário
Space Invaders, importado pela
Midway Games e desenvolvido pela
Taito. Esses dois títulos para arcade batem todos os recordes de vendas.
Veio 1979 e com ele o
Lunar Lander, o primeiro jogo comercial com gráficos vetoriais, na forma de wireframes, isto é, os objetos eram formados por linhas como se fossem o esqueleto de um modelo 3D, é lançado. Nasce então o antecessor dos gráficos poligonais, usados na maioria dos jogos da atualidade.
Década de 1980
A Namco lança
Pac Man, o arcade mais famoso de todos os tempos, com mais de 300 mil unidades vendidas em todo o mundo. Seu criador
Toru Ywatami se inspira em uma pizza com sete fatias para criar o personagem. Nos
EUA, onde 100 mil máquinas foram vendidas, o jogo ganhou novo nome:
Puck Man. Mas esse rebatismo não durou muito. Por quê? Troque o “
P” pelo “
F” e veja o que acontece...
Em 1981 nasce alguns dos clássicos da
Nintendo que viraram sucessos comerciais, o artista
Shigeru Miyamoto cria o jogo
Donkey Kong. O herói, apelidado de
Jumpman, carpinteiro baixinho, deveria salvar sua namorada
Pauline das garras de um gorila raivoso.
Jumpman, nos
Estados Unidos, ganha o nome de
Mario, pois os funcionários da
Nintendo acham o personagem parecido com
Mario Segali - dono do galpão usado pela
Nintendo em
Seattle.
Game over!!
1984 é o ano negro da história do videogame.
Num piscar de olhos, o consumidor deixa de se interessar pelas máquinas de jogar. Por quê? As vendas de consoles caem vertiginosamente. Afinal, por que gastar US$ 150,00 num
videogame, se um computador custa
US$ 200,00? O computador também servia para atividades educacionais e muitas outras coisas. Além disso, as revistas especializadas ofereciam 4 ou 5 programas novos, inclusive jogos, a cada edição.
Já no final de 83, empresas não ligadas ao mundo dos jogos de videogame começam a entrar em contato com softhouses para criarem jogos promocionais. Até barraca de cachorro-quente quer um jogo que valorize a marca para usar como material de divulgação. Mas os games produzidos eram horríveis e o público, cansado desse joguinho de
marketing, perde o interesse por jogos.
Enquanto isso, no outro lado do mundo, o
NES começa a nascer. O
Famicom, nome oriental do console que transformaria a
Nintendo numa gigante, ganhava apoio das primeiras softhouses independentes que começaram a criar jogos para a plataforma. A primeira a entrar no barco foi a
Hudson, que mais tarde viria a lançar clássicos como "
Bomberman" e "
Adventure Island".
Em 1985 a
Nintendo começa a fazer testes em
Nova York para vender o
NES no mercado americano. Os varejistas estavam tão céticos em relação aos
videogames que a
Nintendo teve de concordar em recomprar tudo que não fosse vendido pelas lojas. E mais: deveria reformular o design para se adaptar ao gosto dos americanos, para quem
videogame era acessório de TV, não um brinquedo. Para vender o console em lojas avessas aos
videogames, a empresa também inventou um robô, o
R.O.B. Nessas lojas, ao invés de ser vendido como
videogame, o
NES vira um pacote para jogos de robô. Apenas dois jogos saíram para
R.O.B.A
Sega também entra no mercado americano com seu console, o
Master System, esperando desempenho superior ao do mercado japonês. Distribuído pela
Tonka, fabricante de caminhões de brinquedo, o console chega com a força do nome
Sega nos arcades e alguns jogos originais, como
Hang On e
Fantasy Star, mas não emplaca. Um dos maiores sucessos da história é lançado:
Tetris, do russo
Alexey Pajitnov. Embora tenha criado um jogo conhecido mundialmente,
Pajitnov não viu a cor do dinheiro, sugado pela política comunista. O jogo virou febre e inspirou outros quebra-cabeças. No mesmo ano a
Nintendo lança o
Game Boy nos
Estados Unidos, Preço: US$ 149,95. O videogame portátil com imagens em preto-e-branco, e que vinha com o cartucho
Tetris, começou uma história de recordes. Versões de
Super Mario, o
Super Mario Land, um clone de
Breakout, Alleyway e um jogo de beisebol foram lançados rapidamente.
Década de 1990
A
Nintendo lança a versão americana de
Super Famicon, o
Super NES, por US$ 249,95. Jornalistas questionavam se o novo
Mario seria o suficiente para atrair os fabricantes dedicados ao
NES. A
Sega joga pesado e põe
Sonic, the Hedgehog no
Mega Drive para competir com o novo console da
Nintendo. O carismático personagem, que virou mascote da
Sega.
Super Mario 3, o jogo mais vendido de toda a história da
Nintendo, é lançado. Apesar de enfrentar a concorrência do
Mega Drive, o
NES teve o seu melhor ano. Acontece a primeira investida da
Sony no mercado de
videogames. A empresa propõe o lançamento de um
CD-ROM, o
PlayStation, para o
Super NES. O periférico melhoraria as capacidades gráficas e sonoras com o novo formato em
CD; os trabalhos estavam próximos da conclusão. Rumores de que a
Sony conseguira um acordo e permitiria a
Sony ter os lucros dos jogos de
CD para
Super Nintendo. Foi quando a
Nintendo anunciou planos para trabalhar em conjunto com a
Philips numa plataforma compatível com o console
CD-i da empresa holandesa. A
Sony, indignada, cancelou o desenvolvimento do
CD-ROM e seus jogos e começou a trabalhar num console próprio, de 32 bits com mídia baseada em
CD, para destronar a
Nintendo. E em 3 de dezembro foi a vez da
Sony entrar em ação com o
PlayStation. A estréia se deu com ótimas conversões de arcade como
Ridge Racer, bons jogos originais encabeçados por
Battle Arena Toshinden e alguns títulos medíocres como
Space Griffon.
A Quinta geração (32\64-bit)
A quinta geração marcou o advento dos jogos em
3D, como
Super Mario 64,
Tomb Raider e
Final Fantasy VII, além de mais realismo e ação ao invés da fantasia e velocidade de jogos como
Sonic e
Mario. Os três consoles mais importantes dessa geração foram:
Sega Saturn (1994-Japão e 1995-
EUA), rodava jogos em
CD-ROM. Muito bem-sucedido no
Japão, mas não no resto do mundo, devido á menos jogos (a complexa engenharia interna do
Saturn tornava a programação difícil) e fãs irritados com o monte de periféricos do
Mega Drive. Os grandes sucessos vinham de conversões de arcade (
Virtua Fighter, Daytona USA, Virtua Cop, Sega Rally) ou títulos originais da própria
Sega (
Panzer Dragoon, NiGHTS into Dreams). Vendeu 10 milhões de consoles. Lançado no
Brasil pela
Tec Toy.
PlayStation (1995), da novata
Sony, nascera de uma parceria desfeita entre a
Nintendo e a
Sony, no meio do projeto, para criação um periférico de
CD para o
Super NES. Conseguiu logo o apoio de softhouses como
Square (a série
Final Fantasy, Chrono Cross),
Konami (Metal Gear Solid, Castlevania: Symphony of the Night) e
Namco (
Tekken, Ridge Racer), assim tendo grande biblioteca de jogos. Tornou-se o líder da geração, com 100 milhões de consoles. Não lançado oficialmente no
Brasil (apenas importado).
Nintendo 64 (1996), possuía 64-bits. Por manter o formato de cartucho, perdeu muitos desenvolvedores, e a maioria dos títulos vinha da própria
Nintendo (
Super Mario 64, The Legend of Zelda: Ocarina of Time, F-Zero X) ou da subsidiária Rare (
GoldenEye 007, Banjo-Kazooie, Perfect Dark). Ainda assim, garantiu o segundo lugar com 33 milhões de consoles. Lançado no
Brasil pela
Gradiente.
Portáteis. Em 1998, a
Nintendo lançou a versão colorida do
Game Boy, o
Game Boy Color, além de uma versão de bolso (
Game Boy Pocket) e com luz (
Game Boy Light) e acessórios como a
Game Boy Camera. O
Game Boy tornou-se ainda mais vendido com o lançamento da série
Pokémon, que também se tornou anime, mangá e uma franquia bilionária.
Década de 2000 – a Sexta geração.
A sexta geração, a dos 128-bit, e começara com o lançamento do
Sega Dreamcast (1998 no
Japão, 1999 nos
Estados Unidos). Embora o
Dreamcast tivesse sido bem aceito, as vendas caíram no momento em que a
Sony anunciou o lançamento do
PlayStation 2 para 2000.
Em 2001, a
Sega abandonou o console e passou a dedicar-se exclusivamente à jogos. O console vendeu 10 milhões de unidades. O
PlayStation 2, lançado em 2000, continuou o legado de sucesso do
PlayStation. Apoiado pela compatibilidade com jogos do original, o fato de rodar
DVDs, e apoio da maior parte dos desenvolvedores, o
PS2 vendeu 120 milhões de consoles em 7 anos.
A
Nintendo anunciou em 1999 que estava desenvolvendo o sucessor do
N64, com processadores desenvolvidos pela
IBM. Originalmente com o codinome "
Dolphin", em 2000 fora batizado como
Nintendo GameCube, e lançado em 2001. Com medo da pirataria, a
Nintendo não fez jogos em
DVDs normais, mas em
mini-DVDs com capacidade para 1,5 gigabytes. Devido á essa mídia diferente, e a imagem "familiar" da
Nintendo, muitos fabricantes não colaboraram com o console. Apoiado principalmente por jogos da própria
Nintendo, o
GameCube já vendeu mais de 20 milhões de unidades.
Em 2001, um novo competidor entrava no mercado: a gigante do software
Microsoft, com o
Xbox. Também compatível com
DVDs, e com um disco rígido para salvar jogos e músicas, o console possuía poucos jogos exclusivos (como a bastante vendida série
Halo), mas geralmente recebia as melhores conversões. A
Microsoft alcançou o 2º lugar no mercado, com 25 milhões de unidades.
A sexta geração foi marcada por muita controvérsia, pois o advento de games adultos, com excessiva violência e ás vezes sexo. Exemplos incluem as séries
Grand Theft Auto e R
esident Evil, Manhunt e
NARC. A sexta geração também foi marcada pelo abandono do mercado brasileiro, com jogos e consoles importados. O grande marco fora a
Gradiente parar de representar a
Nintendo em 2003.
A
Tec Toy ainda fabrica versões do
Master System e do
Mega Drive. Em 2005, a
Sony parou de fabricar o
PSOne (um
PS1 menor) e se dedica a fabricar o
Playstation 2 e o futuro
Playstation 3.
Sétima geração.
A sétima geração começou em 2005, com o novo console da
Microsoft, o
Xbox 360. A
Nintendo lançou o
Wii em 19 de Novembro de 2006 nos
EUA e 2 de Dezembro no
Japão, e a
Sony com seu
Playstation 3, lançou em 11 de Novembro de 2006 no
Japão, 17 de Novembro de 2006 nos
EUA e Março de 2007 na
Europa. Ambos tem joysticks com sensores de movimento porém o controle do
PlayStation 3 teve seu nome alterado para
Sixaxis (que em Inglês significa Seis Eixos). O motivo de instalar sensores foi para "revolucionar a forma de jogar", apesar de a
Nintendo ter apostado mais nestes sensores do que a
Sony, uma vez que permite muito maior variedade de movimentos. Enquanto a
Sony opotou por melhorar os gráficos, tornando-os incrivelmente realistas e introduziu sistema
Blu-ray. O sistema de mídia que a
Microsoft optou por utilizar em seu console foi o
DVD, porém o espaço é curto e a utilização da mídia está se tornando ineficaz para armazenar jogos que exigem mais espaço, portanto a
Microsoft patrocinou para o
Xbox 360 a mídia denominada
HD DVD (atualmente extinta no mercado de mídia em disco atual - 2008) que era capaz de armazenar até 25 GigaBytes de dados em uma única camada, contra 50 GigaBytes do
Blu-ray em camada dupla. (o
HD-DVD é patrocinado também por empresas como a
Toshiba, Sanyo, RCA, Microsoft, Intel e no lado do
Blu-ray por exemplo temos a
Sony, Philips,TDK, Sun Microsystens, Dell, Pioneer e Apple).
Em 2006, a
Nintendo e a
Sony revelaram os mais novos consoles, que já estavam em teste há alguns anos. Mas quem mais se destacou nesse geração foi o video game da
Nintendo, o
Wii, pois o preço de produção é baixo ,Jogos com custo baixo, além disso, um preço baixo aos compradores por US$ 250, já que o
Playstation 3 é vendido por US$399 O
Nintendo Wii também teve como codinome
Nintendo Revolution. Possui um controle similar com um controle remoto, o qual tem com sensores que possibilitam que o jogador interaja com o jogo, movimentado o controle de um lado para o outro. Também o jogador tem a opção de conectar o
Wii ao
Nintendo DS ou à Internet via navegador
Opera, a qual é novidade no ramo da empresa. O
Wii foi lançado oficialmente no
Brasil através da empresa
Lamatel, com sede no
Panamá, e junto, a concorrente
Microsoft lança também oficialmente o
Xbox 360 no país (no dia 1 de dezembro de 2006) sem outra empresa envolvida fazer o suporte. A
Sony não vende nenhum de seus produtos (
Playstation 3, Playstation 2 e
PlayStation Portable) oficialmente em território nacional, apesar de o
PlayStation 2 ser líder local no segmento na época.
Recentemente as 3 empresas
Sony, Microsoft e
Nintendo vêm tentando obter o maior número de jogos exclusivos, pois isso atrae mais o consumidor a adquirir tal console, devido a esse fator vários aparatos vêm sendo lançados para os três video-games, tais como uma balança para o
Wii que se chama
Wii Fit, novos modelos de console como o
Xbox 360 Elite, Xbox 360 Jasper e até Boxes de video-games Exclusivos como o de
Metal Gear Solid 4 do
PlayStation 3.
No final de 2009 foi lançado o
Zeebo, que foi o primeiro console brasileiro.
Oitava geração.
Ainda em desenvolvimento, o
Nintendo 3DS é o primeiro console da geração a ser lançado. Possui novos recursos, como a tecnologia
3D sem óculos. O console será lançado no
Japão até abril de 2011.
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