segunda-feira, 14 de março de 2011

Eu sou o número quatro | crítica

Overdose alienígena no nosso planeta.

por Willian Rof
Acredito que não haja uma única criatura vivente nesse mundo que não tenha um dia se perguntado ao menos uma vez se realmente existe vida em outras áreas por aí a fora; homenzinhos verdes em Marte – embora fosse mais conveniente que estes habitantes fossem vermelhos; enfim. Acho que eu todos já entenderam...

Nem precisa ser um desses maníacos/fanáticos por ET’s para notar que os últimos anos houve uma espécie de overdose UFOLOGICA; filmes, games, quadrinhos, sites especializados, animes – além de aparições estranhas como a de supostos OVNI’s (no Brasil e no mundo) ou a do Bilú – esse todos sabem onde apareceu... é como se essa cambada quisesse nos empurrar a qualquer preço a idéia de que existe mesmo vida (não necessariamente inteligente, porque se realmente fossem já tinham colonizado esse nosso pedacinho de chão) em outras partes do universo. Eu sou o número 4 chegou para mostrar que ainda existe muito pano nessa manga para desenrolar...

Prepare-se para os números.

Eu sou o Número 4 é a primeira parte da saga “Os Legados de Lorien”, criada por um sujeito chamado James Frey escrita em conjunto com Jonie Hughes sob a alcunha de Pittacus Lore (nome desgraçado, por sinal), um coroa de Lorien a quem foi supostamente confiada a história dos 9 (que na verdade são 18 – incluindo os 9 monitores) e conta a história de John Smith, (ou o 4, para os íntimos), um dos 18 ET’s fugitivos de um planetinha lá na casa do caralho chamado Lorien que lá no passado se jogaram rumo ao nosso querido Planeta Azul fujindo de uma outra cambada de aliens chamada Mogadorians; não se perca na história.

9 deles, (incluindo o 4), são uns pirralhos que mais cedo ou mais tarde vão desenvolver uns tais Legados (uns super poderes legais), os outros 9 são tipo os “babás” da mulecada. Agora esses“Moga” estão em nosso planeta à caça dos 9. Para apimentar a moqueca, um feitiço mequetrefe foi criado para fazer com que os fugitivos só possam ser assassinados em ordem numérica – daí esse lance de Número 4. Bem, como você já pode ter deduzido por si só, os 3 primeiros já foram para a terra de pés juntos e agora é a vez do 4. E aja número...

Deus salve os Clichês.

Em vários momentos ao ler Eu sou o número 4 eu me recordei de O Código da Vinci. Não me refiro às milhares de polêmicas nem às reviravoltas sem fim e sim a correria: a todo momento o leitor se vê naquela viagem de tempo esgotando, perigo iminente – a famosa sensação de “AGORA VAI DAR MERDA” a todo momento, tal como o Best Seller de Dan Brown. Até aí tudo bem (você deve estar pensando), pois se os ET’s são super poderosos a pauleira iria comer na casa de Noca; mas não é o caso... o pé de pica na história é que os tais Legados (aquele poderzinho a lá X-men), do carinha ainda não se desenvolveu, portanto, de início é só correria mesmo, no melhor estilo Tom e Jerry.

Tal como o estilo Zumbi, o subgênero UFO tem lá seus clichês e eles estão lá também, claro: como poderíamos apreciar uma verdadeira história sobre aliens humanóides e não rachar o bico de rir com a insistência dos caras em se misturar com a galera do planeta – querendo se camaleonizar (essa palavra existe?) entre os outros, acabam despertando a atenção de alguém ao redor; tem ainda aqueles instantes de descoberta das características da raça humana (ainda querendo se entrosar) e (claro) um love bem açucarado entre raças distintas para dar um ar de Romeu e Julieta a bagaceira, nos fazem pensar: o que seríamos de nós sem os clichês? – e o que seria das obras então...

Eu nunca fui muito fã de obras voltadas para o público aborrecente – alguém falou na Saga Crepúsculo ou em alguma das centenas de outras porcarias que ele “inspirou”? O livro não chega a ser ruim ao ponto de se tornar uma tortura – os textos aliás são bem simples (lembra um pouco Percy Jackson e os Olimpianos) sem o uso daquelas palavras que ninguém entende. A história pode até ser meio fraquinha, mas pode se tornar algo mais encorpado quando as continuações saírem – isso, se elas saírem – isso se nós lermos...

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5 comentários:

  1. Crítica dura heinhôo. Você está muito áspero esses dias. Eu adorei o livro. Ansiosa pela continuação... BJKITAS

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  2. Adorei a sua crítica, já li o livro, assiti o filme, mas a sua crítica é o melhor deles! Me diverti muito lendo, bem humorado e assertivo!

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  3. Amanda, eu sou duro com todas as críticas rpá. Afinal, eu tenho que manter minha fama de mal... rss.

    Renata, muito obrigado pelos elogios. Os textos são feitos para divertir vcs mesmo; fico feliz por saber que estão gostando.

    Abraço a todos.

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  4. Pow, rapá, de tds as críticas que li até agora, foi a melhor... Bem-humorada, não desgraçou o filme como alguns tentaram fazer... Vi o filme e digo: me prendeu a atenção do início ao fim, mesmo com toda a superficialidade comentada em todas as críticas, ou seja, creio que tenha ele tenha conseguido seu objetivo!!! Se reclamamos quando um filme tem um ritmo lento pq teima em nos aproximar dos personagens para suas continuações serem mais ágeis, não tenho como dizer que não gostei de um que nos aproxima desses mesmos personagens e ainda deixa o gostinho de expectativa para os próximos filmes!!!
    Prbéns pela coluna!!! Abração!!!

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  5. tem filmes pra me indicar?

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