As vezes eu tenho a impressão que aquelas conspirações cósmicas que os astrólogos tanto falam, de fato existem; o que mais poderia explicar o fato de eu ter passado tanto tempo sem assistir Guerra ao Terror (The hurt locker, 2008)?
Bem, talvez o Sol tenha entrado na zona de Vênus e acabou jogando a Terra no anel de Saturno. Vai saber... só isso pode ter gerado uma reação em cadeia capaz de manter-me longe de um filme que quase todos assistiram. E não é um filme qualquer.
Desde o lançamento (aqui no Brasil o filme saiu direto em DVD) essa obra tem recebido muitos elogios – principalmente pela forma como abordou um tema tão escroto como a guerra do Bush, digo, do Iraque. E Guerra ao Terror tem tudo mesmo para brilhar e ser eternamente lembrado tal como Platoon (idem, 1986) ou Apocalypse now (idem, 1979), afinal, está a altura destas produções, com cenas marcantes, um protagonista inesquecível e uma história tão profunda quanto a maloca em que se escondeu aquele outro protagonista daquela outra guerra. A do Afeganistão.
Bem, talvez o Sol tenha entrado na zona de Vênus e acabou jogando a Terra no anel de Saturno. Vai saber... só isso pode ter gerado uma reação em cadeia capaz de manter-me longe de um filme que quase todos assistiram. E não é um filme qualquer.
Desde o lançamento (aqui no Brasil o filme saiu direto em DVD) essa obra tem recebido muitos elogios – principalmente pela forma como abordou um tema tão escroto como a guerra do Bush, digo, do Iraque. E Guerra ao Terror tem tudo mesmo para brilhar e ser eternamente lembrado tal como Platoon (idem, 1986) ou Apocalypse now (idem, 1979), afinal, está a altura destas produções, com cenas marcantes, um protagonista inesquecível e uma história tão profunda quanto a maloca em que se escondeu aquele outro protagonista daquela outra guerra. A do Afeganistão.
A guerra é uma droga.
O filme conta a história dos últimos dias de ocupação de um esquadrão anti bombas no Iraque. 38 dias é o que os separam do retorno as suas casas, banhos quentes, comida de verdade, brigas conjugais e um monte de outras porras cotidianas que só uma vida normal pode nos oferecer.
O clima de ansiedade aumenta na medida que os dias se passam e as coisas complicam-se ainda mais quando a equipe presencia a morte de seu líder numa operação de rotina nas ruas do país do finado Ditador bigodudo. Desnorteado, o esquadrão precisa de um novo chefe de equipe para finalizar a missão na terra de Saddam.
É aí que entra em cena o personagem mais hard core do cinema nos últimos anos: Sargento Willian James (Jeremy Renner, de Extermínio 2 – 28 weeks later, 2007).
Eu poderia usar os trocentos adjetivos que vivo aprendendo nos passatempos das revistas Coquetel e ainda assim não chegaria nem perto da descrição exata desse cara. Putz... Você pode vê-lo como louco, psicótico, selvagem, assassino, suicida... esse homem é mais que todos os rótulos; é mais que um mero viciado em adrenalina daqueles que saltam de aviões em movimento usando para-quedas made in Taiwan.
Will é totalmente dependente desse contexto em que vive e necessita de doses diárias de situações que só um conflito armado pode proporcionar. A guerra corre em suas veias...
Is Evolution Babe.
Desde 2003 quando veio a tona uma papelada da CIA jurando de pés juntos que Saddam e sua patota possuíam um número maior de armas de destruição que o de cacarecos no cinto do Batman, Hollywood explora esse tema, sempre apelando para o “papo cabeça” do vazio existencial dos pelotões e as reações que isso pode desencadear. A conquista da honra (Flags o four fathers, 2006) e Soldado Anônimo (Jared, 2005) são os maiores exemplos disso, acho...
Em Guerra ao Terror também podemos ver isso, mas a diretora Kathrin Bigelow ousa em ir além. A intenção é nos mostrar a complexa relação entre homens e seus ideais – ou obsessões, chame como quiser. Até onde você iria em nome daquilo que o motiva?
Guerra ao Terror não é apenas mais um filme que decide escrafunchar a palhaçada que foi (e ainda é) a Guerra no Iraque e muito menos futucar a ferida dos soldados que puseram os seus rabos na linha de frente para defender razões que nem entendiam direito. Esse filme tem uma missão a cumprir: mostrar a todos que mesmo os temas mais escrotos e saturados ainda podem resultar em obras dignas de um ingresso de cinema.
Missão cumprida!
Se você gostou desse filme:
Assista:
- Soldado Anônimo (Jared, 2005)
- Tigerland - A caminho da Guerra (Tigerland, 2000)
Informações úteis
- Titulo original: The Hurt Locker
- País: EUA
- Ano: 2008
- Duração: 131 min.
- Gênero: Ação
- Direção: Kathryn Bigelow
- Elenco: Jeremy Renner, Anthony Mackie, Brian Geraghty, Guy Pearce, Ralph Fiennes, David Morse, Evangeline Lilly.
- Avaliação: 4 (bom)
- Filme completo: Download aqui
Sobre o filme:
- Quando vi? 26/06/2010
- Com quem? Só
- Quantas vezes? Duas vezes sem tirar de dentro - sem trocadilhos...
- O que senti? Nooossa. foi bom hein... rss
- Quando escrevi? 27/06/2010
- Onde estava? Em casa
- O que escutava? Avantasia - The Scarecrow
- O que ingeria? Cerveja
Filmaço adorei!
ResponderExcluirRof, pra mim esse é o típico filme superestimado. Ele é ótimo e isso é fato. Mas não a ponto de levar um Oscar. Definitivamente não!
ResponderExcluirÉ um suspense que prende a atenção do início ao fim.
ResponderExcluirO personagem de Jeremy Renner é um dos grandes achados do filme, metade herói, metade maluco.
Abraço