Para aliviar a crise de abstinência, tem jogo do Grêmio no domingo. Amistoso, mas com o tempero de uma carga de simbolismo muito especial. O jogo em Rivera homenageia um certo cidadão daquela cidade. No futebol, o homem que o destino transformou no mais realizado e feliz do mundo. Como você se sentiria se, nascendo na divisa entre dois países, acabasse simpatizando por uma equipe de cada lado. Se viesse a se tornar jogador de uma delas e acabasse ganhando uma Libertadores em cima do rival da outra. Já seria uma boa história para contar. Mas o destino, esse grande brincalhão, não se dá por satisfeito. No ano seguinte conquista o Mundial e logo após assina contrato com seu outro time do coração. Recebido com honras de agradecimento pelo recente feito. Dois anos depois de chegar, tu volta a levantar a Taça Libertadores. Podia parar por aí. Tu é campeão da América pelos dois clubes do coração, a realização completa. Quase. Essa taça podia ser levantada em cima do rival do seu primeiro clube. E o destino da um jeito nisso também, com a pitada final de mais um Mundial na seqüência.
Esta é a história de Hugo de León. Campeão da América pelo Nacional em 1980 em cima do outro time de Porto Alegre. Campeão da América pelo Grêmio em 1983, contra o outro time de Montevidéu. É este cara que será homenageado no domingo, num amistoso que prepara Grêmio e Nacional para os campeonatos de seus países, mas que o resultado pouco importa. Um jogo que já teve três vencedores.
Outra curiosidade é que a homenagem continua uma semana depois, em outro amistoso no mesmo local, este já está sendo chamado de Troféu Vítimas de Hugo De León.
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