Rio (idem, 2011) é o mais novo trabalho do brasileiro Carlos Saldanha - aquele mesmo que dirigiu a trilogia A Era do Gelo (Ice Age, 2002) e o desenho fraquíssimo Robôs (Robots, 2005). O que me faz lembrar de algo interesante: durante uma caralhada de tempo fomos bombardeados com filmes gringos com uma visão uma visão esculhambada do Brasil - não que aqui não exista essa esculhambação toda, mas só nos podemos criticar isso, e que isso fique bem claro.
Em Rio o que nós vemos é um lance diferente, onde mesmo em uma produção grande - feita para agradar a gregos e troianos, o cara que dá a última palavra é um brasileiro, é dele que vem todas as sacadas positivas (ou não) de todos os detalhes da cidade. É claro que Saldanha teve que engolir muitos sapos - o filme é muito preocupado em mimar americanos e europeus, no melhor estilo “Brasil que estrangeiro quer ver”.
O filme conta a saga de Blu (dublado por Jesse Eisenberg) uma arara azul (macho) brasileira, que foi capturada e transportada ainda quando pequena para um lugar mais frio que o pé do Zeca Pimenteira, identificado apenas como “não é o Rio”. Lá ele é criado por Linda (dublada por Leslie Mann), uma nerd gringa super protetora, e que nunca escutou falar no rebolation - isso quer dizer, nenhum talento para sambar. Tudo muda quando Tulio, um outro nerd (dublado pelo sumido Rodrigo Santoro) convence a menina a levar sua Arara de estimação (o último de sua espécie) para a terra do samba e do futebol, digo, do voleibol (nesse sim nós somos reis) com o objetivo de procriar e salvar sua raça.
O que mais chama a atenção em Rio são os seus trocentos personagens - a maioria deles muito carismáticos e coloridos, como um ensaio carnavalesco; é um show vê-los contracenando, com todos aqueles gestos e diálogos - ao contrário por exemplo de A Era do Gelo que tinha que se escorar em um ou dois personagens (chegou um momento que eu não aguentava mais as piadinhas de Sid, já o esquilo psicopata roubava a cena a toda hora) para poder aguentar as continuações. Rio pode pensar tranquilamente em boas sequencias pois não sofre messe mal.
Mas ainda que eles sejam fofos e engraçadinhos, não existe tempo suficiente no filme para desenvolvê-los - você aí pode dizer "ah, lá vem ele querendo encontrar chifre em cabeça de cavalo, procurando defeito onde não tem"; tudo bem gente, crianças podem até não se importar com o tal "desenvolvimento de personagens", mas as animações de hoje não são feitas apenas para moleques - acho até que os adultos ficam babando mais para ver que os próprios pimpolhos.
Uma história um pouco mais pensada (como os da Pixar) que equilibrasse os detalhes de cada personagem com as piadinhas (e situações divertidas, que são indispensáveis) e filtrasse o desespero em convencer a platéia a cada minuto é mais ou menos o que os pais da pirralhada smpre esperam de uma boa produção. Um outro ponto interessante é ver a Blue Sky entrando de vez na briga pelo mercado ao lado das picudas Disney/Pixar e Dreamworks, que a muito tempo monopolizam o meio - Rio pode ser comparado ao que há de melhor tanto em tecnologia como em investimento - não fica devendo nada a niinguém.
Rio é um filme que mantém os espectadores presos na cadeira até o seu final - e isso também é uma grande virtude. É uma pena que tenham dado mais importância ao turismo que a história, se fosse o contrário seria uma animação inesquecível; mas de qualquer forma será lembrado como um dos melhores cartões postais da Cidade Maravilhosa, que mesmo com favelas, traficantes, saguis ladrões, marmanjos trapaceiros e trombadinhas, continua lindo.
Em Rio o que nós vemos é um lance diferente, onde mesmo em uma produção grande - feita para agradar a gregos e troianos, o cara que dá a última palavra é um brasileiro, é dele que vem todas as sacadas positivas (ou não) de todos os detalhes da cidade. É claro que Saldanha teve que engolir muitos sapos - o filme é muito preocupado em mimar americanos e europeus, no melhor estilo “Brasil que estrangeiro quer ver”.
Araras Azuis, sequestros de animais e Samba: Dale Rio!!
O filme conta a saga de Blu (dublado por Jesse Eisenberg) uma arara azul (macho) brasileira, que foi capturada e transportada ainda quando pequena para um lugar mais frio que o pé do Zeca Pimenteira, identificado apenas como “não é o Rio”. Lá ele é criado por Linda (dublada por Leslie Mann), uma nerd gringa super protetora, e que nunca escutou falar no rebolation - isso quer dizer, nenhum talento para sambar. Tudo muda quando Tulio, um outro nerd (dublado pelo sumido Rodrigo Santoro) convence a menina a levar sua Arara de estimação (o último de sua espécie) para a terra do samba e do futebol, digo, do voleibol (nesse sim nós somos reis) com o objetivo de procriar e salvar sua raça.
Faltou espaço para tanta gente - ou melhor, para tantos bichos.
O que mais chama a atenção em Rio são os seus trocentos personagens - a maioria deles muito carismáticos e coloridos, como um ensaio carnavalesco; é um show vê-los contracenando, com todos aqueles gestos e diálogos - ao contrário por exemplo de A Era do Gelo que tinha que se escorar em um ou dois personagens (chegou um momento que eu não aguentava mais as piadinhas de Sid, já o esquilo psicopata roubava a cena a toda hora) para poder aguentar as continuações. Rio pode pensar tranquilamente em boas sequencias pois não sofre messe mal.
Mas ainda que eles sejam fofos e engraçadinhos, não existe tempo suficiente no filme para desenvolvê-los - você aí pode dizer "ah, lá vem ele querendo encontrar chifre em cabeça de cavalo, procurando defeito onde não tem"; tudo bem gente, crianças podem até não se importar com o tal "desenvolvimento de personagens", mas as animações de hoje não são feitas apenas para moleques - acho até que os adultos ficam babando mais para ver que os próprios pimpolhos.
Uma história um pouco mais pensada (como os da Pixar) que equilibrasse os detalhes de cada personagem com as piadinhas (e situações divertidas, que são indispensáveis) e filtrasse o desespero em convencer a platéia a cada minuto é mais ou menos o que os pais da pirralhada smpre esperam de uma boa produção. Um outro ponto interessante é ver a Blue Sky entrando de vez na briga pelo mercado ao lado das picudas Disney/Pixar e Dreamworks, que a muito tempo monopolizam o meio - Rio pode ser comparado ao que há de melhor tanto em tecnologia como em investimento - não fica devendo nada a niinguém.
Rio é um filme que mantém os espectadores presos na cadeira até o seu final - e isso também é uma grande virtude. É uma pena que tenham dado mais importância ao turismo que a história, se fosse o contrário seria uma animação inesquecível; mas de qualquer forma será lembrado como um dos melhores cartões postais da Cidade Maravilhosa, que mesmo com favelas, traficantes, saguis ladrões, marmanjos trapaceiros e trombadinhas, continua lindo.
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| VIP's | Invasão do mundo: Batalha de L.A. | Bruna Surfistinha |
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http://kawilks.blogspot.com/ de uma olhada no meu blog e se der comente as postagens
ResponderExcluirO filme ta bombando nos EUA. Eu não vi, mais dizem que se trata de um belo filme. Um grande abraço pra você meu querido.
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