quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Michael Jackson - Michael | crítica

Álbúm póstumo do rei só irá satisfazer os fãs mesmo.


Vocês pediram e aí está a minha crítica sobre o primeiro álbum de material "original" de Michael Jackson desde Invincible, (lançado em 2001). O álbum foi um dos mais esperados dos últimos meses mas tenho que confessar logo de cara que não me impressionei com nada – e olha que eu sou facim facim.
Esse é o segundo álbum póstumo do falecido Rei do Pop (se você não se recorda, o 1º foi This is it, 2009) que bateu com as caçuletas dia 25 de junho de 2009 – caso também não se lembre.

Que mané Nostradamus, adivinhão mesmo é o Morrissey!

Michael (Michael, 2010) é o 24º (vigésimo quarto hein... hummmmm, tudo a ver...) álbum do famoso ícone do Pop Mundial Michael Jackson – o 11º gravado em estúdio. O lançamento da bagaça se deu em 14 de dezembro de 2010 sob o selo da Epic Fail, digo, Epic Records. Michael contém músicas “inéditas”, incluindo a já (ostensivamente) anunciada e super “original” “Breaking news” (tipo “Noticias Populares” da Ana Carolina? Antes fosse.) gravada originalmente em 2007 "Breaking News", a primeira música confirmada, não será um single. Segundo a Sorry Music, digo, Sony Music (OOOPS, é mais forte que eu), a faixa é apenas uma prévia do que viria para o novo álbum.

Nada pode descrever melhor a fase pós morte do Rei do Pop (e de várias outras estrelas finadas da atualidade) que a canção "Paint a vulgar picture", do Morrissey (vai dizer que não sabe quem é? Putz você devia ler/escutar/assistir/acessar – esse blog – mais.) que descreve a evolução das gravadoras para explorar descaradamente o legado da morte e do catálogo de um dos seus artistas quando eles morrem, e é exatamente o que ocorre hoje em dia com Jackson. Se não escutou ainda tá esperando o que? Corre! Morrissey deve ser um profeta!

Quem tá certo afinal?

Lógico que os nomes citados a seguir não chegam nem aos pés do ex líder do The Smiths (não conhece? Ah vá pra p#$%¨&*) em matéria de adivinhação, claro. Por isso que eles só puderam se pronunciar após o lançamento do álbum, e um deles é aquele nego feio dos diabos do Black Eyed Peas: Will.i.am (que nome é esse minha gente?) que declarou que as canções encontradas em Michael nunca teria chegado a existir (já que são "incompletos") caso tivesse que passar pelo "selo de aprovação" do Michael. Já Aliaune Badara Akon Thian (vulgo Akon) disse que adorou resultado final do álbum – em bom português, o negão babou geral ovo do ex negão Michael Jackson. Será que foi porque ele participou de umas das musiquinhas com Jackson (Hold My Hand)? Vai saber...

A questão mais importante é seguinte: será que este novo álbum é tão importante assim para os fãs de MJ? E a resposta é sim! Porquê? Oras, porque fã é fã – e vice versa. Ser fã é isso mesmo, é curtir as podreiras do astro e ainda defender caso alguém critique. Francamente, após o início dos anos 90, Michael Jackson nunca foi capaz de fazer mais nada que prestasse e em vez de continuar a ser um artista inovador e ousado como era tornou-se uma caricatura de si mesmo – escute “I Can't Make It”no próprio álbum novo e você terá a enésima prova disso.

Agora você me pergunta: Mas você não gostou nem um pouquinho? E a minha resposta será simples: Se Michael Jackson ainda estivesse vivo durante o lançamento de Michael, toda a crítica mundial depenaria o coitado até não poder mais – e 50 Cent provavelmente teria vergonha de ter participado. Mas já que é um álbum póstumo, você passa a esponja em cima da mediocridade das músicas e guarda na prateleira.

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Informações úteis:

  • Texto por: Willian Rof
  • Título do Álbum: Michael
  • Artista: Michael Jackson
  • Ano: 2010
  • Número de faixas: 10
  • Avaliação: 5 (o cara era o Rei pô bora respeitar)
Informações (in)útéis

Sobre o Álbum:
  • Quando escutei? Esses dias aí (nem lembro)
  • Quantas vezes? 2 e rezando pra terminar logo...
Sobre o texto:
  • Quando escrevi? 08/12/2010
  • Onde estava? Em casa
  • O que assistia? nada
  • O que ingeria? água e olhe lá...

Metroid Fusion | lembra desse?

É das antigas mas diverte mais que muita novidade.

Esses dias eu passei por uma espécie de overdose “Metroidiana”, ou seja, me submeti a várias dozes de Metroid com direito a repetecos, discussões em fóruns e até montagens... foi overdose mesmo!

No feriado de Natal (por não ter nada melhor pra fazer) catei o meu portátil (Dingoo) e comecei a fuçar algum jogo pra passar o tempo, foi aí que encontrei numa pastinha escondido (nem lembrava que tinha esse jogo na memória) o Metroid (Metroid, 1986), aquele joguinho feinho que é tipo uma paródia do Alien, lançado para o jurássico console NES, resultado: caí pra dentro e destrinchei o bicho até matar a vontade. Ê nostalgia...

Um dia depois e a vontade não só não passou como aumentou, aí já sabe... corri pra net baixei tudo o que encontrei e voltei pro vício.

De volta a terra de Samus Metroid 2 – o retorno de Samus (Metroid 2 – The return of Samus, 1991) é feinho como o seu antecessor e de quebra ainda é em preto e branco (o jogo foi lançado para Game boy) mas já mostrou algumas evoluções na jogabilidade e gráfico, o que matou foi só o tempo mesmo, achei o jogo muito curtinho...

Um dia foi mais que suficiente para cacetar os dois primeiros jogos da série. Aperitivo (claro) para Super Metroid (Super Metroid, 1994) que eu já tinha jogado a muito tempo atrás e sabia que ia ser (novamente) carne de pescoço – e foi mesmo.

Mas essa crítica é sobre Metroid Fusion (Metroid Fusion, 2003) que acabei de acabar (com redundâncias e tudo) e já estou pronto para ir adiante e continuar a jogar mais uns 3 – no mínimo.

É old mas também é GOLD!

Metroid Fusion se passa dez anos depois dos acontecimentos de Super Metroid; Samus Aran, a famosa caçadora de recompensas da série é escalada para escoltar um grupo de cientistas nerds de pesquisas biológicas no caquético planeta SR388 (que nome heinhô), planeta natal dos tais Metroids – exterminados pela própria Samus nos outros jogos da série.

Numa das abordagens Samus é atacada por um dos bichos feios e acaba contaminada; fica doente e sem condições de continuar a missão, retorna para a estação. Mas no meio do caminho é possuída pelo parasita invasor, perde a consciência enquanto pilota e colide com um asteróide – tudo isso é ilustrado na animação inicial do jogo, muito bem feita por sinal. Após isso Samus é resgatada do espaço e levada para o Q.G. da Federação Galáctia, onde é curada (modificada) e novamente enviada ao local para investigar umas paradas estranhas que (ainda) estão rolando por lá. É nesse ponto da história que nós entramos.

Em time que está ganhando não se meche.

O jogo mantém a mesma equação que fez tanto sucesso com seus predecessores: aventura + ação + bons gráficos + altos níveis de exploração. As atualizações da armadura (e dos poderes) também estão presentes e com um acabamento melhor que os anteriores. Com tais atualizações a personagem ganha habilidades novas, o que a permite chegar a lugares antes inalcançáveis. Alem de aumentar as suas habilidades de exploração, as atualizações aumentam as de ataque e defesa (como é o caso dos Super Missile e da Gravit Suit), permitindo ao jogador derrotar novos inimigos ou conseguir novos upgrades (novas melhorias) escondidos por todo o mapa em paredes, pisos, e até tetos falsos. Este esquema de evoluir para avançar tem sido usado, com sucesso, por todos os jogos da série Metroid, bem como por outros jogos como os da série The Legend of Zelda que é da mesma empresa.

Mas Metroid Fusion tem suas diferenças. Algumas pra melhor, outras nem tanto... por exemplo, algo que eu sempre gostei na Série era aquele clima meio gótico, sombrio; os inimigos com aparências dignas de um filme de terror e por aí vai. em Metroid Fusion pode esquecer esse clima. A protagonista explora salas tão coloridas quanto um videoclipe do Restart e os desafios de fase são até engraçados – vide o chefão do setor 2, o que é aquilo?

De resto tudo é ponto positivo: os combates são bem mais dinâmicos (e os danos maiores também), e o design das salas muito mais bonito e desafiador. A navegação ficou mais clara também agora com o auxílio de um computador que passa as coordenadas para as missões (e ainda dá umas dicas bacanas e tal. Cara gente fina...)

No mais, Metroid Fusion (pra mim) acabou de se tornar o novo Super Metroid: jogo que marcou muito na época em que foi lançado e continuará a marcar para aqueles que ainda não tinham jogado – como eu.


Informações úteis:
  • Texto por: Willian Rof
  • Titulo original: Metroid Fusion
  • País: EUA
  • Ano: 2003
  • Categoria: Plataforma
  • Gênero: Ação / Aventura
  • Distribuidora: Nintendo
  • Console: Game Boy Advanced (GBA)
  • Avaliação: 9,5 (pra ganhar 10 aqui tem que suar nego...)
Informações (in)útéis
Sobre o jogo:
  • Quando joguei? 24-25/12/2010
  • Com quem?
  • Quantas vezes? Várias
  • O que senti? Uma sensação "Metroidiana"...
Sobre o texto:
  • Quando escrevi? 25/12/2010
  • Onde estava? Em casa
  • O que escutava? Avantasia - The Scarecrow
  • O que ingeria? Nem deu tempo beber nada...
Trailer oficial:



Julieta - crítica

Mistérios, códigos secretos, conteúdo histórico relacionado ao atual, estórias paralelas e romance na medida certa.


Julie Jacobs é uma moça reservada e solitária. Ainda criança, perdeu os pais num terrível acidente de carro e foi criada por sua tia-avó Rose. Durante toda a vida, Julie teve problemas de relacionamento com Janice, sua insuportável irmã gêmea, e a pessoa de quem se sentia mais próxima era Umberto, o fiel mordomo de Rose. É ele que vai ao seu encontro para dar a triste notícia da morte da tia e lhe entrega uma carta com uma revelação bombástica: seu verdadeiro nome é Giulietta Tolomei. A carta diz também que, antes de morrer, sua mãe descobrira um antigo tesouro de família e, ao que parece, algo muito valioso ainda está escondido em Siena.

Embora descrente, Julie viaja para sua cidade natal a fim de recuperar a herança da mãe. Ao chegar lá, encontra apenas objetos velhos, aparentemente sem valor. Ela também conhece algumas pessoas, quase todas adoráveis, com exceção de Alessandro, de quem desgosta de cara.

Lendo um velho diário que encontrou entre os pertences da mãe, Julie descobre que sua família, os Tolomei, tem uma antiga inimizade com os Salimbeni e que essa rixa provocara uma tragédia que atravessou os séculos – e que Shakespeare tornou mundialmente famosa ao escrever Romeu e Julieta. Quanto mais fundo ela mergulha na história de seus ancestrais, Romeo e Giulietta – e de sua própria família –, e quanto mais perto chega do tesouro supostamente deixado pela mãe, maiores são os riscos que a cercam. Pouco a pouco Julie, ou Giulietta, vai perceber que, nessa cidade, passado e presente parecem indissociáveis. E que nem sempre se pode ter certeza de quem é ou não confiável.

Minha Opinião:

Mistérios, códigos secretos, conteúdo histórico relacionado ao atual, estórias paralelas e romance na medida certa. O mais engraçado é que quando me deparei com o lançamento Juliet da autora Anne Fortier, a sinopse captou a minha atenção, porém, com a quantidade de livros que tenho para ler e obrigações de rotina a cumprir, acabei deixando a leitura para depois. E fico feliz com isso. A tradução da editora Sextante está de parabéns. Não houve erros grosseiros de gramática ou de digitação. O bom aproveitamento de um livro está intrinsecamente ligado à tradução/versão do tradutor.

O enredo do livro Julieta trouxe à superfície lembranças do livro que li quando era ainda menina e que depois encenei na adolescência. Para ser completamente honesta, Romeu e Julieta nunca fui uma das minhas peças preferidas de Shakespeare, muito menos uma história de amor com a qual eu me identificasse. Por mais genial que o “Bardo” tenha sido em seus contos eu sempre me reservei o direito de gostar ou não de suas obras, independente do fato dele ser um autor clássico. Romeu e Julieta, em minha opinião, é um romance frágil e um tanto superficial, assim como seus dois protagonistas. Sei que não sou popular por esta opinião, mas tenho que me manter verdadeira á minhas idéias.

O que me estimulou a ler Julieta foi o conteúdo histórico que a sinopse anunciava o fato de ter sua estória centrada numa espécie de caça ao tesouro. Aprecio muito a temática da descoberta, seja pessoal ou a de lugares e culturas diferentes.

Quando gosto muito de um livro costumo dizer que foi “experiência” lê-lo. E é exatamente assim que me sinto em relação a Julieta. De personagens complicados e profundos à descrição equilibrada de lugares e acontecimentos, este livro foi uma experiência e uma descoberta. E vou cometer o sacrilégio de afirmar que prefiro, respectivamente, os Romeu e Julieta de Anne Fortier.

Quanto á protagonista Julie Jacobs, posso dizer que me identifiquei ao extremo com sua personalidade. A introspecção que esconde uma mente bem afiada e certa insatisfação em geral, sempre procurando alguma coisa e sentindo uma parte de si vazia por isso.

Em uma de minhas passagens favoritas do livro, Alessandro – um personagem muito charmoso- diz a seguinte frase:

“Porque você acabou de descobrir quem é (...) e tudo começa a fazer sentido. Tudo o que você fez, tudo que optou por não fazer... agora você entende. É o que as pessoas chamam de Destino.”

Eu nunca me senti confortável com o conceito de Destino, porém ao ler esta frase não pude negar que fez muito sentido para mim e assim como diz Alessandro, tudo que fiz e faço,acaba por definir quem eu sou. Por isso jamais faço nada levianamente. E começo a entender que talvez Destino seja apenas um sinônimo para quem eu sou e quem nasci para ser.

Amei Julieta e indico para jovens e adultos, homens e mulheres das mais variadas idades.

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Informações úteis:
  • Texto por: Marina Moura
  • Titulo original: Juliet
  • Ano: 2010
  • Editora: Sextante
  • Gênero: Romance



terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Superman, earth one - crítica

Linha que reconta origens começou com o pé esquerdo.

A linha Earth one é, como muitos já apontaram, o equivalente da DC Comics para a linha Ultimate da Marvel: os principais personagens da editora, relançados com novas origens adaptadas aos tempos modernos. A diferença da DC, porém, é que Earth One será lançado apenas através de graphic novels, sem periodicidade definida, pensadas mais no mercado de livrarias do que nos leitores tradicionais de quadrinhos.

Superman: Earth one é o primeiro lançamento. O escritor J. Michael Straczinski, que já escrever a série mensal do Homem de Aço, foi convidado a repensar o herói, e o desenhista Shane Davis a construir um novo visual para o personagem e seu mundo.

Entra na conta o fato de Superman ser um personagem com o qual é cada vez mais difícil trabalhar para agradar novos públicos. Superman o retorno foi prova disso, com resultado mediano nas bilheterias. Além disso, faz tempo que as HQs do herói não empolgam (fora quando apelam para o saudosismo - ou seja, para os leitores já iniciados - como em Grandes Astros: Superman.

O que muda da origem do personagem em Earth One: a história começa com Clark Kent, aos 21 anos, indo tentar a sorte em Metrópolis. Ele pode ser o que quiser: um grande cientista, um grande atleta, um grande engenheiro. Mas a atração pelo Planeta Diário e pelos jornalistas que fazem tudo para conseguir "A Verdade" fala mais alto. Chegando lá ele testemunha os destemidos Lois Lane e Jimmy Olsen, bem como o impaciente editor Perry White, quando Metrópolis é invadida por alienígenas. E aqui está a outra mudança na origem do personagem: uma raça alien, comandada por um novo vilão chamado Tyrell, foi a responsável pela destruição de Krypton. E ela agora vem à Terra buscar o último sobrevivente do planeta verde.

Talvez essa descrição já mostre que Straczynski não se esforçou muito, mas quando você conferir como ficou a execução dessa ideia na graphic novel a sensação deve ficar ainda mais forte. O roteiro tem um nível de criatividade tão baixo, tão clichê – numa cena de abertura, Clark Kent busca emprego no laboratório de pesquisas mais avançado do mundo e resolve as equações com as quais os melhores cientistas do mundo estão há anos quebrando a cabeça – que chega a ser vergonhoso que a DC tente conquistar novos públicos com ideias tão batidas.

A arte, da mesma forma, não empolga. É outra bola fora escolher um artista tão novo no mercado. Há variações fortes de estilo ao longo das páginas, o que demonstra que Davis ainda não tem um lápis bem definido. Circularam pela web as páginas que mostram a inspiração clara em fotos da atriz Jennifer Carpenter (a irmã de Dexter) para a nova Lois Lane. Para um projeto com a intenção de fazer bonito nas livrarias, caberia um artista com mais peso – caso, por exemplo, de Gary Frank, que vai desenhar Batman: Earth One.

A linha, portanto, começa com o pé esquerdo. Os autores e editores tinham material de sobra para se inspirar – como a já citada Grandes Astros: Superman ou a origem definitiva do personagem em Homem de Aço, de John Byrne, ou mesmo os filmes de Richard Donner. Mas optaram por um desvio que não tem nada a ver com essas boas referências, deixando transparecer a pressa e falta de imaginação. Existe algo de muito errado na DC ao aprovar uma HQ destas diante de intenções tão grandiosas como conquistar novos leitores.


Informações úteis:
  • Texto por: Érico Assis
  • Titulo original: Superman - Earth one
  • Ano: 2010
  • Editora: DC Comics
  • Gênero: Ação / Ficção científica

Marvel Terror - crítica

Promoção da MARVEL: Pague 4 e leve 1. Um absurdo.


Pensa aí: Noite chuvosa, janelas de vidro, fúnebre, luz de abajur, chocolate quente... Agora junte isso a uma bela HQ de Terror e você terá uma combinação perfeita – pra quem gosta, evidente. Esse seria o cenário ideal para curtir ao máximo essa experiência que é ler histórias cheias de sangue, mistério, ação...

Olhando por esse lado, posso dizer que ironicamente não consegui reunir nada do que foi citado acima (exceto a revista, claro); afinal não chove a mais de 2 meses na capital baiana; não tenho janelas de vidro em meu apartamento; os únicos CDs que se encontram em minha estante são os de Heavy Metal; meu abajur, o gato quebrou durante um surto alpinístico e por fim, não sou muito chegado a chocolate quente; Mas já tinha comprado a HQ de Terror e não ia deixar de ler nem a pau...

Confesso que já fazia um tempo que eu nem olhava pros lançamentos da MARVEL (que tem tropeçado mais que os Bolas Murchas do Fantástico), mas por se tratar de algo “novo”, digo fora dos padrões daqueles Super-Heróis, Super-Fortes, Super-Inteligentes, Super-Rápidos, Super-Altos, Super sei lá o que... achei que valia a pena conferir.

Só faltou o Van Helsing.

MARVEL Terror reúne contos de uns bichos bem conhecidos pelo público como lobisomens, frankensteins, vampiros, zumbis. Tudo isso rateado em 4 histórias:
  • O lobisomem está no sangue.
A 1º conto conta a história de Jack Russell que anos atrás (quando ainda era um pimpolho) foi o único sobrevivente de um massacre. Hoje o cara ta de boa, só quer ficar em paz e curtir a família nova. O problema é que Jack tem um monstro interior (literalmente) que está cada vez mais difícil de esconder.
  • Garota do Interior.
O 2º conto fala de Rhona, uma garota que sempre soube da sua vocação para virar bicho uma vez por mês e sempre viveu nas intocas. Após ter a Mãe e a irmã assassinadas por sofrerem do mesmo mal, ela passa a viver mais enfurnada ainda, com medo que sua hora chegue. E ela chega...
  • Amor Fúnebre.
O sofrível 3º conto nos mostra as desventuras de Simon Garth, um zumbi azarado que vive se metendo em frias, sempre em busca do seu grande amor – você não leu errado, é isso mesmo, Simon é um zumbi apaixonado.
  • Para ser um monstro.
A 4ª e última história é sobre o Padre McCauley, e ele não tem sido um bom menino. Nos bastidores de sua paróquia tem realizado experiências para criar monstros terríveis; mas após a chegada de dois misteriosos visitantes ao seu vilarejo, os dias do beato estão contados.

Pague 4 e leve 1.

Ao entrar na revistaria e procurar Marvel Terror confesso que tinha grandes expectativas para essa coletânea – na pior das hipóteses esperava que ao menos valesse os meus suados R$ 17,90. A culpada pelas minhas esperanças era a própria MARVEL que divulgou no meio do ano imagens banhadas em sangue e uma capa de arrepiar até os pelos do suvaco.

O conto “O lobisomem está no sangue” cumpre (quase) tudo o que a editora prometia: sangue, suor e lágrimas – e sem moderação. Faltou mais sacanagem para apimentar, mas nada que comprometa; os quadros são bem dinâmicos, os diálogos sem enrolação e recheados de gritos e palavrões – nada de leitura cansativa, bocejos ou mão no queixo. O roteiro de Duane Swierczynski (que também escreve Cable) é bem amarrado como sempre (sem pontas soltas) e só derrapa no finalzinho (achei o desfecho um pouco arrastado). O protagonista foi bem construído entre suas macaquices (ou seriam cachorrices?) e reflexões.

A arte de Mico Suayan (que também desenha o Thor - ah, o nome do cara é mico mesmo, não ria) é muito boa mesmo, os desenhos são bastante expressivos – algo que (também) é quase uma obrigação pois com um roteiro que foca muito no lado psicológico do personagem, desenhos sem muita técnica matariam a HQ.

Mas nem tudo são flores; a babação de ovo para por aqui: os contos seguintes são fraquíssimos – sorte a nossa que o 1º ocupa quase 70% da revista.

"Garota do interior" é uma espécie de genérico da primeira história, com um filtro a lá Crepúsculo – ou seja com uns personagens bonitinhos, com seus cabelos EMO e charminhos de canto de boca – com direito a close no abdome de “tanquinho” do rapaz e tudo. Mas dá pra ler tranqüilo, não chega a ser insuportável.

Mas o nível despenca de vez quando começa “Amor Fúnebre” – que ao contrário de “Garota do Interior”, não possui chame algum, nenhum mesmo. O tal Simon Garth é horrível (tudo bem que nunca vi nenhum zumbi boa pinta, mas esse é feio demais pô), culpa dos traços deformados de Ted Mckeever (Little book of Horror: Guerra dos mundos, 2004) – os desenhos são tão tremidos que até parece que foram feitos durante um ataque de parkinson; o roteiro (que também é de Mckeever) também é uma merda: que negócio é esse de zumbi filósofo, cheio de dilemas e reflexões? E ainda por cima apaixonado? Sem falar no histórico beijo de língua... Putz aja saco – e olha que ainda tem o último conto...

No geral, Marvel Terror vale a pena ser conferida – ao menos a primeira metade dela...

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Informações úteis:
  • Texto por: Willian Rof
  • Titulo original: The legion of Monsters
  • Ano: 2010
  • Editora: MARVEL Comics
  • Gênero: Terror

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Bolt, o super cão - crítica

Filme de cachorrinho não é nenhuma obra prima, mas diverte como poucos.

Pronto, chegou a hora de conhecermos a história de mais um totó – o primeiro, claro que foi o Hakiko do filme Sempre ao seu lado (Hakiko – a dog’s history, 2010). Mas ao contrário do cãozinho do Richard Gere este é uma espécie de cão do Superman - ou do Batman, sei lá você escolhe aí. Pelo menos é isso que imaginamos na nova animação da Disney: Bolt – o Supercão (Bolt, 2008). Afinal, o cachorrinho tem uns poderes que lhe permitem tocar o terror em helicópteros e motocicletas,
Link
arrasar com todos os objetos em seu caminho e abestalhar as pessoas com um simples toque de sua pata – eu não sei você, mas fiquei pensando o que aconteceria se ele tentasse levantar a perna para dar uma mijada num poste, sei lá...

Mas na verdade a vida de Bolt (John Travolta, de A outra Face) é uma espécie de “Show de Truman” ou BBB - Big Brother Bolt (esse trocadilho foi horrível, admito), sendo monitorado sempre, mas logo logo descobrimos que o saco de pulgas não tem porra de habilidade especial nenhuma. Todas as suas ações são cuidadosamente coreografadas/cauculadas pelos produtores de seu seriado de TV – sem seu conhecimento, claro.

Quando sua companheira de seriado, Penny (Miley Cyrus, de Sexy and the city 2) é "seqüestrada" numa temporada, Bolt parte em busca de sua amiga na tentativa de resgatá-la das garras do malvado Dr. Calico (Malcolm McDowell, de O livro de Eli). Mal sabe ele que quem precisará ser resgatado será ele mesmo após sua saída do set de gravação...

Mas o filme não foca no fato do cachorro fazer papel de idiota tentando resolver seus problemas com suas supostas habilidades "extra caninas" – isso acabaria encolhendo seu personagem no decorrer da produção – claro que a Disney não permitiria. O estúdio é conhecido exatamente por criar personagens que buscam a auto-realização e se metamorfoseam (essa palavra existe?) em algo maior e Bolt não é diferente.

Mas para que o quadrúpede chegue ao seu momento é necessário a ajuda de um personagem secundário daqueles que roubam a cena; aí entra Mittens (Susie Essman, de O cara), uma gata de rua bem no estilo chulé mesmo, que irá ajudá-lo a encontrar Penny e redescobrir uma nova vida .

Mas o destaque realmente não poderia ser outro: Rhino (Mark Walton, de Nem que a vaca tussa), um hamster maluco que acredita realmente que Bolt é mesmo um cão com super poderoso. É impossível não rir com o entusiasmo do bichinho. Com relação aos recursos visuais, não há nada de inovador.

Quando comparado aos outras animações do ano (Madagascar 2 vem logo à mente), Bolt, o supercão está anos luz acima claro - embora não esteja entre as melhores animações da Disney; mas certamente não cairá no esquecimento pois possui personagens carismáticos demais e facilmente arrancará umas gargalhadas da platéia ou até mesmo uma ou duas lágrimas de você.


Informações úteis:

  • Texto por: Willian Rof
  • Titulo original: Bolt
  • País: EUA
  • Ano: 2008
  • Duração: 96 min
  • Gênero: Animação / Aventura
  • Direção: Byron Howard, Chris Williams
  • Elenco: John Travolta, Susie Essman
  • Avaliação: 7 (Vale a pena assistir)
Informações (in)útéis
Sobre o filme:
  • Quando vi? 02/12/2010 (bem atrasado, eu sei...)
  • Com quem?
  • Quantas vezes? 2
  • O que senti? Nada demais
Sobre o texto:
  • Quando escrevi? 05/12/2010
  • Onde estava? Em casa
  • O que escutava? Angra - Aqua
  • O que ingeria? Um suquinho
Trailer oficial:



As mulheres também peidam - cordel

As aparencias enganam... Já dizia meu avô.

Literatura de cordel (pra você que não sabe) é um tipo de poema popular das antigas, originalmente oral, e depois impressa em folhetinhos ou outra qualidade de papel, que eram postos para venda pendurados em cordas ou cordéis - daí vem o nome sacou? No Nordeste Brasileiro, o nome foi herdado, mas a tradição do barbante não vingou... Ou seja, o cordel brasileiro poderia ou não estar exposto em "cordeis". São escritos sempre de forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas - é bacana demais. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.

Aqui apresento a vocês (pra quem não conhece) um cordelista de responsa mesmo. O cara é bom!

Divirtam-se:

As mulheres também peidam

As aparências enganam
Já dizia meu avô
E o público masculino
Durante séculos se enganou
Pensando que mulher não peida
Ou se peida é sem fedor!

Mas pesquisas cientificas
E estudos do IBGE
Divulgaram resultados
Dignos de crença e fé
Confirmando a existência
Do peido discreto da mulher!

Mulher peida com classe
E com muita discrição
Sempre o peido “tiro surdo”
É da sua predileção
Por que não delata o autor
E nem chama atenção!

Quem ver uma mulher perfeita
Do corpo fenomenal
Cinturinha violão
Toda no salto e coisa tal
Nem se imagina diante
De uma peidona sem igual!

É que às vezes a mulher
Vacila e faz bobagem
E come no almoço
Cebola, repolho e vagem
E segue tranquilamente
Pra fazer uma viagem...

Essa mistura explosiva
No intestino faz horrores
A bela moça acostumada
A só peidar nos bastidores
Faz tudo pra segurar
Os seus “gases delatores”

E vai em direção ao trabalho
Naquela situação
Com os gases pipocando
A barriga em ebulição
Sem agüentar mais “detona a bomba”
Dentro da condução!

Quem incriminaria
Uma doce criatura
Toda bela e perfumada
Com a colônia da natura?
Mulher até pra peidar
Faz um gesto de ternura.

Existem vários nomes
Utilizados pro pum
Rasga coberta, apito
Silencioso, catifum
E toda mulher acredite
Com certeza usa algum!

Tem também os gases dos trópicos
Ou o peido tropical
Bufa fria, francesinha
Discreta, fenomenal
Longuinente, cheiro doce
E o peido regional!

Me disse uma amiga minha:
Lá em casa eu não peido só
Peidam minha mãe, minhas primas
Olha que até minha avó
Rasga cada bufa tremenda
De queimar o fiofó!

Peida a cantora de ópera
A modelo, a atriz
A pedagoga, a dançarina
A dama, a meretriz
O peido de Claudia Raia
É de arder as bordas do nariz!

Mulher peida discretamente
Mas peida com vontade profunda
Não importa se é rica ou pobre
Se é Maria ou se é Raimunda
E se a mesma for bonita
Quando bufa assa a bunda!

Mulher peida na espinha mole
Sem despertar a atenção
E quando o “perfume sobe”
Ela joga a culpa no cão
Dizendo: ô cachorro podre!
Parece que comeu sabão!

Outra vítima dessa gente
Que tem culpa no cartório
É a pobre criancinha
Que por não ter palavrório
É ardilosamente usada
Como bode expiatório!

Eu falo aqui das “peidoqueiras”
Mas não falo por fuxico
Algumas vão me olhar de lado,
Criticar e fazer bico
E outras até vão dizer:
Eu peido com o meu furico!

Não quero briga com as mulheres
Pelas quais tenho carinho
Nem fazer inimizades
Só por causa de um peidinho
Por favor, comprem esse cordel
Não me deixem rir sozinho!

A todas as mulheres do mundo
Eu amo de coração
E associá-las ao peido
Foi apenas gozação
Não se sintam injustiçadas:
Tem muito homem peidão!

Eu quero me desculpar
Se agir com indelicadeza
Se maltratei alguma “gatinha”
Ou uma linda princesa
Com essa história fedorenta
Dos “gases da natureza”

Tentando me justificar
Fiz uma zoada tremenda
As mulheres compreenderam
Afinal bufa não é lenda
Mas se algum marmanjo se envolver
Sabe o que eu tenho a dizer?
Engarrafe o peido delas e venda!

Gildásio Barreto dos Santos Natural de Amargosa – BA.
Residente em Salvador.
Estudante de Pedagogia, Poeta e Cordelista.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Crescendo - crítica

Nora deveria saber que sua vida estava longe de ser perfeita...

Enfim chega a sequência mais esperada do ano. Em Hush Hush (Sussurro no Brasil), o leitor foi apresentado a Nora Grey, a mocinha controladora e exigente que conquistou milhares de fãs mundo afora e a Patch Cipriano, o pseudo herói-vilão mais sexy de todos os tempos. O leitor também descobre que seres bíblicos como anjos e nephilins não só existem como fazem parte intrínseca da vida da protagonista Nora e que Patch é um anjo caído.

Embora algumas perguntas tenham sido respondidas em Sussurro (Quem é Patch? O que ele quer?), outras ficaram sem respostas (Quem é Nora? Qual o mistério por trás da morte de seu pai?). Entretanto neste ciclo de questionamentos há uma pergunta intrigante que permanece respondida pela metade. Quem é Patch? Sei que em Sussurro fica claro que ele modificou seus planos por amor à Nora, porém a grande verdade é que pouco sabemos sobre ele, sobre seus planos. E estas mesmas questões começam a bombardear a mente de Nora depois de uma situação que ocorre logo no princípio de Crescendo. Simultaneamente outros acontecimentos não só põe em cheque a recente confiança de Nora em Patch como também desperta novos questionamentos em relação ao assassinato do pai de Nora.

O segundo livro da série é tão hipnotizante quanto o primeiro. Manipula o leitor, levando-o a todos os estágios de emoções. Becca Fitzpatrick é definitivamente a rainha das incertezas, quando o leitor está seguro de algo,ela prontamente puxa o tapete e nos deixa flutuando. E logicamente, assim como em Hush Hush, o catalisador de todas essas emoções é o protagonista Patch. Eu sinceramente não sei como expressar a minha revolta com o personagem, ao mesmo tempo ele desperta sensações tão fortes, que assim como Nora, nós leitoras mulheres não sabemos qual a vontade maior: De bater ou beijar ele. Talvez os dois. Vai saber...

Embora a protagonista Nora tenha recebido duras críticas por seu comportamento em Crescendo, eu só posso sentir uma grande empatia pela personagem. Passar por todas as situações que ela enfrenta,dúvidas e mais dúvidas e ter que continuar sã é mais complicado do que parece. E ela passa pelo inferno em grande parte por causa de Patch.

Personagens de apoio como Vee, a melhor amiga de Nora, só enriquece a história. Vee é irritante, mas ela me lembra demais uma amiga muito querida, portanto só posso apreciá-la pelo hábito de dizer sempre o que lhe vêm à cabeça. O novo garoto na cidade e antigo “inimigo” de infância de Nora também é uma grande aquisição para a história, e algo me diz que ele será importante para o grande final da saga.

O mistério da morte do pai de Nora, ciúmes, brigas de tapas e socos entre garotas e garotos, ação, Patch e Nora em sua melhor forma de casal sexy problemático. Tudo isso espera por você em Crescendo, o segundo livro da série Hush Hush.

O único protesto? A forma como a autora terminou o livro. Como esperar um ano para ler a continuação com um final como esses? Becca é uma garota má, muito má!

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Informações úteis:
  • Texto por: Marina Moura
  • Titulo original: Hush 2: Crescendo
  • Ano: 2010
  • Editora: Simon e Schuster Children
  • Gênero: Romance

sábado, 4 de dezembro de 2010

Call of Duty, black ops - crítica

Novo game da Activision faz o que parecia impossível: superar a si mesmo!

A Activision decidiu e ta decidido: a franquia Call of Duty terá um novo capítulo a cada ano! Agora os fãs dos jogos de matança (e, principalmente os fãs da saga da Activision), terão garantidos a suas doses anuais de ração do tipo pa pa pa pa pa pa...

Nesta ocasião, por sua vez o destaque é o sucesso mundial: Call of Dutty - Black Ops em apenas dois dias já superou o anterior Call of Dutty - Modern Warfare 2 – que já tinha tido um lançamento vitorioso. Precisa dizer mais manolo? Bem, bora distrinchar a bagaça e descobrir o porque desse sucesso todo.

Em Call of Dutty – Black ops, o estúdio Treyarch (parece nome de vilão de quadrinhos né?) esquece a já batida 2 ª Guerra Mundial para se meter de cabeça na (não tão batida) Guerra Fria, mais especificamente entre 1961 e 1968.
Encaramos a bronca na pele de Alex Mason agente miserável das forças especiais, que está sendo interrogado (e torturado) amarrado a uma cadeira, enquanto róla uns flashbacks assim, tipo filme de drama; estes flashbacks que servirão de gancho para começar a ação. Em resumo: jogamos as memórias do carinha. E se tem alguma coisa boa em contar uma história em ritmo de flashback é não se prender a locais ou horários, pular aleatoriamente daqui pra lá sem arrodeios. Não é nenhuma novidade esse tipo de narrativa, mas ela foi muito bem executada. Ponto pros caras da Treyarch que conseguiram realizar o que ja é (segundo os fãs) o melhor game da franquia.

YES WAR!!!

O enredo nos leva de Cuba, na primeira missão onde você deve assassinar Fidel Castro (polêmica a vista), para as selvas do Vietnã (em uma sequencia do caralho por túneis subterrâneos, subindo o rio com barcos aos comandos de um helicóptero); ao Pentágono, onde o próprio digníssimo John F. Kennedy nos passa uma missão; na traiçoeira selva do Laos (já escutaram falar desse lugar?) e um campo de concentração russo. Pra não perder o ritmo nessa muvuca toda, Temos que nos armar e aí que a coisa começa a ficar legal: caia pra dentro com uma besta, carregue com flechas explosivas (show) ou vá a bordo de uma geringonça (helicópteros, barcos, motocicletas, tanques). Usa a imaginação Mané. Se jogue!

A “AI” (Inteligência Artificial, pros leitores menos informados) continua com o mesmo nível que o resto da franquia, nada melhorou ou piorou. Neste aspecto, escutei muita gente falar mal do game pelo comportamento as vezes incoerente dos companheiros de tela, sem falar que eles perecem a prova de fogo amigo - mas cá entre nos, é um lance meio lógico para este tipo de jogo onde rola tantas balas pra todo lado; imagina o desastre que seria ter que repetir uma missão só porque os nossos camaradas erraram uns tirinhos...

O que não muda também são os gráficos: as paisagens continuam fantásticas, com seus movimentos totalmente integrados com o ambiente. Pode até não ser perfeito, todo jogador reclama das balas nas paredes, que logo desaparecem como se fosse munição ninja; reclamam da interação (como água para nadar), detalhes do cenário – como árvores ou plantas que estão imóveis, a falta de sombras sobre os personagens... convenhamos que tudo isso só é visto apenas por nerds de alto nível (eu mesmo não notei nada disso quando joguei) e não diminuem em nada a beleza dos gráficos ou a diversão. Querem mais interação vão jogar GTA porra; eu quero é meter bala nas tropas inimigas mesmo, só isso importa.

E pra meter bala tem que ter emoção; aí entra em pauta algo tão importante quanto o chumbo: O som. Primeiro vamos ao responsável pela área: o nome do cara é Sean Murray e o tema principal do jogo é interpretado por Eminem (aquele rapper que matou a mãe no clipe) e Pink (uma cantora de cabelo rosa). A dublagem é de filme mesmo, tem nem o que falar – ainda que as vezes lembre um pouco dublagem de novela mexicana com a voz saindo antes ou depois dos lábios pronunciarem. Nada demais também – é até divertido. Já o som ambiente é de lascar o cano mesmo é sensação de guerra meu, prepare-se.

Eita joguim bom sô...

A história prende mesmo até os mais dispersos, é bem contada e com um ritmo acelerado com um ritmo espetacular. Confesso que nem cheguei a jogar o multiplayer, mas sempre me informo antes com meus colegas desocupados, e segundo eles é o que há de melhor hoje em dia (a propósito, os caras só fazem jogar. O dia inteiro!), não apenas em formas, mas em opções, apostas ou novos acessórios e armas pra detonar as vítimas. E os zumbis estão de volta (AÊÊeêE), desta vez acompanhado por grandes estrelas como Kennedy e Nixon, Fidel Castro e McNamara; você não notou? É pra viciar mesmo!

Sem dúvida este é o melhor título da Treyarch, até hoje e de quebra ainda aumentou o moral dentro da Activision. Tomara que não se esqueçam que tão difícil quanto chegar ao topo é permanecer lá; Medal of Honor está fungando no cangote deles e doidinho pra tomar a dianteira no mercado. Bom pra nós!

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Informações úteis:
  • Texto por: Willian Rof
  • Titulo original: Call of Dutty - black ops
  • País: EUA
  • Ano: 2010
  • Categoria: 1ª pessoa
  • Gênero: Ação
  • Distribuidora: Activision
  • Console: DS, PC, PS3, XBOX-360, Wii
  • Avaliação: 9,5 (pra ganhar 10 aqui tem que suar nego...)
Informações (in)útéis
Sobre o jogo:
  • Quando joguei? 03-04/12/2010
  • Com quem?
  • Quantas vezes? Várias
  • O que senti? Tropa de elite é a minha rapá... rss
Sobre o texto:
  • Quando escrevi? 04/12/2010
  • Onde estava? Em casa
  • O que escutava? Kamelot - Ghost Opera (no volume máximo!!)
  • O que ingeria? Nem deu tempo beber nada...
Trailer oficial: