sábado, 15 de janeiro de 2011

Tron Evolution | crítica

Tron Evolution até serve como distração - por alguns minutos. E só.


Estava pensando: bem que eu poderia declarar a última semana como "a semana pessoal da rebeldia". poucas vezes em minha vida eu absorvi tantas experiências novas num prazo tão curto. A loucura começou com um DVD de Os Mercenários (The Expendables, 2010), que não é exatamente o tipo de filme que eu corro pra locadora pra assistir; passou por uma angustiante (pra não falar sofrível) overdose de Resident Evil (assisti os 4 filmes numa única tarde) e seguiu com uma troca de jogo: sai Call of Duty - Black Ops e entra Tron Evolution - sinceramente acho que enjoei de meter bala a torto e a direito, e já que era pra mudar radicalmente eu passei dos canos cospidores de chumbo para os disquinhos de neom. Mas não me dei bem.

Agora quem se deu bem mesmo foram os fãs da saga (já quase esquecida) de Tron que depois de um tempão sem escutarem nem um zumbizado que seja, de repente foram bombardeados com uma verdadeira overdose do clássico das antigas: 1º foi Tron - o legado, sequencia direta do filme de 1982 e logo em seguida veio Tron Evolution - jogo que tras mais conteúdo sobre essa galera vestida com lâmpadas fluorescentes. Até aí nenhuma novidade... o que foi uma enorme surpresa mesmo foi ter descoberto que Tron Evolution não seria apenas uma adaptação do filme e sim um jogo com uma história própria.

Mais do mesmo.

Em Tron Evolution o jogador encarna Anom, um programa criado para bisbilhotar as trairagens e fanfarronices existentes no mundo virtual. Estas conspirações rolam na GRID - um mundo digital criado pela mente desocupada de um programador chamado Kevin Flynn.

Levando em consideração que vocês leitores devem ter tido uma infância regada a várias edições de Sessão da Tarde (onde o 1º Tron foi exibido mais que Fúria de Titãs), não acho necessário explicar maiores detalhes sobre a história original; mas se por acaso você não gozou de uma infância normal por algum motivo qualquer (tipo, foi raptado quando tinha uns 3 anos por uma gangue Ninja da década de 80, que o manteve em cativeiro até a adolescência), sugiro que faça uma busca no Google - ou pergunte a esse cara aí do seu lado.

A história do jogo se passa antes dos acontecimentos de Tron - o legado - e até ajuda e explicar uns detalhezinhos. No processo, Quorra (aquela gostosa do filme) ajuda-nos nas partes mais cascudas - como escapar das armadilhas da GRID ou dar um sacode em Abraxas, um vírus espírito de porco que está fazendo mais baderna na GRID que Smith em Matrix.

Foi bom enquanto durou...

Tron Evolution é um jogo que podemos tranquilamente classificar como meia boca: tem um visual bacana, efeitos sonoros (e trilha) na média e uma jogabilidade que não exige grandes esforços por parte do viciado que estiver com o joystick nas mãos - basicamente qualquer botão que se aperte fará o seu personagem meter a mão (ou o disco) em alguém. É o típico jogo feito para fãs,com umas pegadas de jogos modinha (como Prince of Persia) para conseguir também algumas cabeças (não fãs) para o lado azul fluorescente da força. E é só; não espere nada mais que isso.

Encare essa bagaça como uma garota do tipo "bonitinha mas ordinária", descolada (e sem conteúdo) que você encontra numa noite de cachaçada: ela pode até te distrair durante alguns minutos (ou horas, dependendo do quão "ordinária" seja), mas quando aquele efeito "novidade" passa e o dia amanhece,a sua única vontade é de chutá-la - metaforicamente, claro. Já o jogo você pode meter a sapatada se quiser - sem metáforas.



4 comentários:

  1. Boa crítica,ainda não joguei Tron,mas,pelo que vi,não me chamou a atenção.Também passarei por aqui mais vezes,seu blog é sobre temas que muito me interessam!

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  2. pow, gostei; bacana essa sua crítica rof!
    é nós mano, sempre...
    nos cliques !
    auehauehauhea

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